Arquivos

Categorias

PESSUTI ENTREGA PROPOSTA DO NOVO SALÁRIO MÍNIMO DIA 1º DE FEVEREIRO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

O vice-governador Orlando Pessuti entrega no próximo dia 1º de fevereiro na Assembleia Legislativa a proposta de reajuste do salário mínimo regional. O piso paranaense terá aumentos entre R$ 663,00 e R$ 765,00 – valor que será até 50% maior do que o mínimo nacional fixado em R$ 510,00 a partir de 1º de janeiro.

“Vamos levar em mãos este projeto porque sabemos de sua importância. Temos o apoio dos trabalhadores e, tenho certeza, também teremos dos membros da Assembleia Legislativa. Espero a aprovação por unanimidade e não acredito que algum deputado, independente se for de oposição ou não, vote contrário a um aumento tão necessário para os paranaenses”, disse Pessuti.

LEIA MAIS

PESSUTI ENTREGA PROPOSTA DO NOVO SALÁRIO MÍNIMO DIA 1º DE FEVEREIRO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

PESSUTI ENTREGA PROPOSTA DO NOVO SALÁRIO MÍNIMO DIA 1º DE FEVEREIRO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

O vice-governador Orlando Pessuti entrega no próximo dia 1º de fevereiro na Assembleia Legislativa a proposta de reajuste do salário mínimo regional. O piso paranaense terá aumentos entre R$ 663,00 e R$ 765,00 – valor que será até 50% maior do que o mínimo nacional fixado em R$ 510,00 a partir de 1º de janeiro.

“Vamos levar em mãos este projeto porque sabemos de sua importância. Temos o apoio dos trabalhadores e, tenho certeza, também teremos dos membros da Assembleia Legislativa. Espero a aprovação por unanimidade e não acredito que algum deputado, independente se for de oposição ou não, vote contrário a um aumento tão necessário para os paranaenses”, disse Pessuti.

Aprovação unânime – O presidente do PMDB do Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, também acredita em uma aprovação unânime. “Historicamente os deputados sempre votaram a favor do salário mínimo regional e não seria diferente neste momento. Os trabalhadores e trabalhadoras do Paraná podem contar com o nosso apoio”, destacou. “Não tem um deputado paranaense, engajado com suas obrigações com aqueles que o elegeu, que irá se posicionar de forma negativa”, completou.

O deputado Antonio Anibelli não só acredita na aprovação como disse que a Assembleia deve pensar em formas de tornar definitiva uma política de correção anual do salário mínimo regional. “Se existe uma forma de tornar os reajustes definitivos, sem ferir a Constituição Federal, nós precisamos encontrá-la. Não podemos deixar que um governo de direita, neoliberal, acabe com todos estes avanços”, defendeu Anibelli.

Impactos – Estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) apontam que o piso regional estadual é referência para mais de 1,5 milhão pessoas – direta e indiretamente. Com o aumento, o impacto na economia paranaense deve ser de aproximadamente R$ 150 milhões por mês, o que corresponde a R$ 1,8 bilhão em um ano.

“Com melhores salários, maior distribuição de renda e maior produtividade. Toda a cadeia produtiva sai ganhando porque se o meu empregado ganha mais ele também gasta mais, com isso eu vendo mais, tenho que aumentar minha produção e contratar mais funcionários. É um ciclo virtuoso”, argumenta o supervisor técnico do Dieese, Cid Cordeiro.

Trabalhadores – As lideranças sindicais destacaram a importância do reajuste escalonado do piso regional. Sérgio Butka, presidente da Força Sindical, disse que o piso estadual é extremamente importante para tentar manter o nível médio salarial dos trabalhadores no Paraná.

“O piso faz com que as empresas, os sindicatos patronais voltem às mesas de negociações, voltem a conversar com os trabalhadores. Isto é extremamente importante, o que não acontecia no passado”, disse Butka.

Denílson Pestana, presidente Nova Central Sindical dos Trabalhadores, disse que a partir da instituição do piso mínimo regional no Paraná, as categorias representadas pela central sindical conquistaram avanços salariais significativos.

“A nossa data-base é maio. Ao estabelecimento do piso regional proporcionou fechar todas as convenções coletivas do setor de madeira e do mobiliário com percentual de 14,90% de reajuste para todos os trabalhadores da categoria. Isto significa que o setor do mobiliário, um percentual de aumento real de seu piso salarial, de quase 9% para estas categorias”, disse Pestana.

Estudo – O Governo do Paraná chegou às quatro faixas após estudos que envolveram as secretarias do Planejamento e do Trabalho, as centrais sindicais, o Dieese e o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).

Hoje, o piso varia de R$ 605,52 a R$ 629,45, e é dividido em seis faixas: trabalhadores de atividades agropecuárias, florestais e de pesca (faixa 1); serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados (faixa 2); reparação e manutenção (faixa 3); serviços administrativos (faixa 4); produção de bens e serviços industriais (faixa 5); e técnicos de nível médio (faixa 6).

A partir deste ano, segundo a proposta, a distinção muda para quatro classificações, com o agrupamento das faixas 2, 3 e 4. O propósito da medida, segundo Requião, é evitar confusões no entendimento da classificação por parte dos empresários e trabalhadores.

Eron José Maranhão, analista de conjuntura do Ipardes, na faixa 4, disse que o valor proposto para o novo salário mínimo chega a ser 17% menor que o praticado, em média, pelo mercado. A intenção do governo, segundo ele, é equilibrar o piso entre as diversas faixas. Além do Paraná, que instituiu o salário mínimo regional em 2006, apenas outros três estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) adotam a mesma política.