O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, saiu do governo ontem (9), e será substituído pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS). Florence (PT-BA) voltará para a Câmara dos Deputados para “cuidar de projetos políticos pessoais”.
Em nota à imprensa, a presidente Dilma Rousseff agradeceu “os inestimáveis serviços prestados” por Florence, que continuará contando com sua “estima e total confiança” na Câmara e em outras funções que venha a exercer.
A nota diz ainda que Florence conduziu “com dedicação e eficiência ações que fortalecem a agricultura familiar e contribuíram para a redução da pobreza no campo e para a promoção da inclusão social”.
Ele deixa o cargo, segundo o Palácio do Planalto, “depois de dar importante colaboração ao governo e ao país”. A presidente desejou “boa sorte” a Vargas, “certa de que ele exercerá as novas funções com o mesmo empenho e compromisso que têm caracterizado sua vida pública”.
Florence era considerado apagado
Florence tornou-se ministro do Desenvolvimento Agrário por conta da desistência do senador Walter Pinheiro (PT-BA), também da DS, o primeiro a ser convidado para o cargo.
Pinheiro disse a Dilma Rousseff que não gostaria de assumir um ministério, pois queria sentir o gosto de sentar-se na cadeira de senador, para a qual foi eleito. Dilma então sugeriu que ele indicasse um substituto. Pinheiro escolheu Florence.
Ele era considerado um ministro muito apagado por setores do governo e não conseguiu construir uma boa relação com os movimentos ligados à reforma agrária.
O assentamento de apenas 22 mil famílias no ano passado pelo programa de reforma agrária fez com que o governo da presidente Dilma Rousseff batesse um recorde negativo numa área comumente agitada, com lideranças ligadas aos petistas.
Nos últimos 16 anos, foi o menor número de famílias beneficiadas, de acordo com números do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
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