O deputado federal Pedro Lupion (DEM-PR) protocolou requerimento de informações, junto à Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, para saber os motivos que levaram o Ministério da Economia a suspender as tarifas de importação de leite da União Europeia e da Nova Zelândia.
A taxa era aplicada desde 2001, como forma de proteger o mercado nacional da concorrência desleal de produtores internacionais, que vendiam a preços abaixo do que o praticado nos seus próprios mercados, o “dumping”.
“Entendo que essa medida gera uma insegurança imensa em todo o setor produtivo de leite e no que isso pode significar para a nossa produção, principalmente para os pequenos produtores familiares e as cooperativas de leite”, afirmou o deputado.
A preocupação de Lupion vai ao encontro do que expressa a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). Em nota, eles dizem que a medida representa “grave risco para a cadeia leiteira nacional”, a qual apresenta margens limitadas e grande número de produtores deixando a atividade.
“Se houver uma retomada de importações desses grandes mercados (União Europeia e Nova Zelândia), além da possível queda brusca no preço do produto pela entrada de leite subsidiado dos países de origem, preocupa-me a posição que podem tomar multinacionais que já têm contratos no exterior, e quais as perdas que isso pode gerar aos 60 mil produtores do Paraná”.
FPA – Como Coordenador de Política Agrícola da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), Pedro Lupion disse que já conversou com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que também se mostrou surpresa com a decisão.
Já a FPA, em nota oficial, disse que a bancada estuda alternativas com o objetivo de minimizar os impactos da suspensão da taxa antidumping. O assunto será discutido na reunião da frente, na próxima terça-feira. A Aliança Láctea do Sul-brasileira, que envolve os produtores dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também deve se reunir nos próximos dias para tratar a questão.
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