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Pedágio no Paraná: ‘Não vamos entrar no jogo da ABCR’, diz deputado Paranhos

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O deputado Paranhos (PSC) disse neste domingo, 22, que a frente parlamentar contra pedágio não vai entrar no jogo da ABCR que tenta desqualificar o debate sobre o fim da prorrogação dos pedágios no Paraná. “Não vamos entrar neste jogo da ABCR que tenta nivelar por baixo um debate muito importante aos paranaenses. Nós somos contra a prorrogação dos contratos dos pedágios porque eles são perniciosos, lesivos e sangra a economia do Paraná. Se a ABCR pretende participar deste debate que seja de forma altiva e propositiva. Os deputados não aceitam esse nível de agressão”.

Em entrevista a imprensa, o presidente da associação brasileira das concessionárias das rodovias, João Chiminazzo Neto, disse nesta sexta-feira, 20, que o pedágio é a “Geni do Paraná” e que “falar mal do pedágio dá voto”. Ainda acusou os deputados os deputados de divulgarem mentiras sem fundamentos.

“Já se passaram quase 20 anos do contrato e o que nós tivemos? Tivemos apenas mentiras, um teatro de horrores”, devolveu Paranhos, membro da frente parlamentar lançada no último 16 de maio e que reúne 26 deputados.

Paranhos é autor da PEC que prevê um plebiscito sobre a renovação dos contratos do pedágio do jeito que estão. “Não podemos ficar calados diante deste pesadelo que está em articulação que é a renovação dos contratos do pedágio sem a mínima participação da sociedade paranaense. Menos que 40% das obras previstas inicialmente nestes contratos sequer saíram do papel”.

A cobrança de pedágio nas rodovias do Paraná começou em 1998. Os contratos atuais vencem em 2021. Paranhos, que é de Cascavel, no Oeste do Paraná, lembra que sua região é a mais massacrada por este modelo de contrato e a que menos recebeu obra, de acordo com auditoria promovida pelo Tribunal de Contas do Estado.

“Quando um cidadão, um caminhoneiro, um trabalhador das estradas, sai de Foz do Iguaçu, para levar sua carga até Paranaguá, ele é penalizado 20 vezes”, disse. Um veículo veículo de passeio, ao percorrer o estado do Oeste até o litoral, deixa nas 10 praças de pedágio R$ 116,90 só de ida e outros R$ 140,00 com a volta.

“No caso de um caminhão de seis eixos, o caminhoneiro paga quase R$ 2 mil entre ida e volta”, afirmou. Paranhos também demonstra sua indignação ao lembrar que na entrevista, Chiminazzo não citou o lucro bilionário das empresas que as empresas já tiveram e das obras não executadas.

“Só para ter uma ideia, no ano de 2014, o lucro das empresas foi de R$ 437,8 milhões. Valor que perto de R$ 1 bilhão se somados os R$ 424,2 milhões faturados em 2013. Isto em apenas dois anos de números que temos conhecimento”, concluiu.

Foto: Divulgação