A Folha de São Paulo divulgou sábado, 4, que o pedágio do governo federal no trecho da Lapa a União da Vitória vai custar em torno de R$ 14,00 por eixo. A previsão é que sejam construídas duas praças de tarifa ao longo dos 168 quilômetros entre os dois municípios. O que deixaria a viagem custando em torno de R$ 28,00.
O alto custo das tarifas preocupam o governo federal, que também enfrentam críticas das empreiteiras por defender um taxa interna de retorno (lucro) muito baixa, o que está desestimulando as concessões. A demora no processo de audiências públicas, que precede os leilões, praticamente inviabiliza que essas estradas sejam passadas à iniciativa privada ainda neste ano, conforme Dilma Rousseff prometeu no lançamento do plano de concessões.
No empresariado, a demora já começa a ser interpretada como reflexo de mais uma ação do governo lançada de forma inconsistente e que terá poucos resultados práticos, como ocorreu com o programa de concessões de 2012. A expectativa é que apenas um trecho de rodovia no Paraná possa ser leiloado neste ano.
A Folha apurou que, nas quatro concessões – trechos ligando Santa Catarina e Paraná; Mato Grosso e Goiás; Goiás e Minas; e Mato Grosso e Pará-, os estudos apontaram preço máximo de pedágio a ser ofertado no leilão entre R$ 11 e R$ 14 por praça.
Como esse é o teto do leilão, significa que o preço final ao usuário deverá ser menor porque vence a concorrência quem oferece o menor pedágio. Ainda que o desconto seja elevado, as praças poderão ficar com valores considerados altos, perto de R$ 10. Isso faz com que a concessão seja considerada de maior risco: o pedágio elevado reduz o fluxo de veículos, o que leva a um aumento na tarifa.
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