Do iG São Paulo:
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) passou mais de um ano negociando um acordo com a promotoria de Manhattan, nos Estados Unidos, para ter seu nome excluída da lista do alerta vermelho, que corresponde ao índice dos mais procurados pela Interpol em todo o mundo. Pelos termos do acordo, o ex-prefeito admitiria a autoria de um crime pela primeira vez na vida – no caso, delito classificado formalmente de falsificação de registros contábeis praticado nos Estados Unidos. A negociação, entretanto, fracassou na reta final.
A confissão se daria perante o Tribunal Criminal de Nova York e de viva voz pelo réu. Sob a condição de não correr nenhum risco de ser algemado, nem mantido em cela prisional, Maluf viajaria para a audiência nos Estados Unidos. Ele também estava disposto a declarar que “não tem interesse” em US$ 22 milhões do Macdoel Trust, na Ilha de Jersey – fundo controlado por três empresas offshore cuja titularidade o Ministério Público de São Paulo atribui ao ex-prefeito e ao filho mais velho de Maluf, Flávio.
O pacto caiu por terra há duas semanas, quando Maluf, sua defesa e os promotores estavam prestes a assinar o documento. Flávio, presidente da Eucatex, ficaria à mercê do Ministério Público brasileiro para eventual ação de natureza penal.
O fracasso da negociação frustra planos da Prefeitura de São Paulo, que pretende investir na área social recursos supostamente desviados de seus cofres na gestão Maluf. A Procuradoria do Município já se havia manifestado favoravelmente ao acordo, do qual a prefeitura seria parte. O município seria consultado pela promotoria de Nova York por ser o destinatário final de valores resgatados em Jersey. Advogados foram contratados no Reino Unido pelo governo municipal para acompanhar o caso.
*Com informações da Agência Estado
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