Os parques são as grandes estrelas do mapa turístico curitibano. A cidade tem 27 parques, totalizando uma área de mais de 14,2 mil metros quadrados. “Temos uma oferta muito variada de atrativos turísticos, mas, de fato, os parques estão entre os mais procurados. Um fator interessante é que, além do benefício ambiental que representam, boa parte deles envolve valores culturais e homenagens às comunidades que formaram Curitiba”, diz a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra.
É o caso do Bosque Alemão, que possui uma réplica de uma antiga igreja de madeira, construída em 1933 no bairro Seminário, com elementos decorativos neogóticos e que abriga uma sala de concertos denominada Oratório de Bach. Outras atrações são a trilha de João e Maria, que narra o conto dos alemães irmãos Grimm, além da Praça da Poesia Germânica, com a reprodução da fachada da Casa Mila, construção germânica do início do século originalmente localizada no Centro.
Outro caso é o Bosque João Paulo II, que abriga o Memorial da imigração polonesa, inaugurado em 13 de dezembro de 1980. As sete casas de troncos que compõem o memorial são lembrança dos imigrantes poloneses, com objetos como a velha carroça, a pipa de azedar repolho e a estampa da padroeira, a Virgem Negra de Czestochowa.
O Bosque São Cristóvão, em Santa Felicidade, é também local para realização das comemorações da colônia italiana do bairro, como a Festa da Uva e do Vinho.
O Parque dos Tropeiros preserva a cultura gaúcha, trazida pelos tropeiros, que passavam próximo a Curitiba conduzindo as tropas rumo à Feira de Sorocaba e que deram origem a várias cidades do estado. O parque é equipado com instalações apropriadas à realização de rodeios e apresentações de danças típicas.
A comunidade japonesa tem como principal marco a Praça do Japão. Existem espalhadas pela praça 30 cerejeiras enviadas do Japão e lagos artificiais nos moldes japoneses. Em 1993, foi construído o Portal Japonês, a Casa da Cultura e a Casa de Chá.
A Praça Zumbi dos Palmares, por sua vez, abriga o Memorial Africano, composto por duas colunas que simbolizam a cultura e a educação e 54 totens que representam todos os países do continente africano. Parte do maior parque ambiental linear do país, implantado às margens do rio Barigüi, o Parque Tingui recorda os indígenas que habitavam em Curitiba. Abriga também o Memorial Ucraniano, homenagem aos imigrantes, na forma de réplica de uma igreja ortodoxa originalmente construída no Interior do Estado.
Preservação – Parque Barigüi, conhecida atração turística, visitada todos os dias por curitibanos turistas, tem um propósito ainda mais nobre que encantar os olhos. Da mesma forma,todos os parques de Curitiba foram idealizados para a preservação da vegetação e dos rios. “Trata-se de uma ‘poupança verde’. Em vez de arriscar perder algumas áreas de preservação para fins inadequados, por exemplo, é política ambiental da cidade reservar esses espaços com a criação de parques”, conta o secretário municipal do Meio Ambiente, Sergio Tocchio.
Foi assim com o Passeio Público e os parques Barigüi, Náutico, São Lourenço e Barreirinha ainda na década de 1970. “Todos têm essa função e foram criados a partir do levantamento de áreas de mata nativa, fundos de vale e de rios”, complementa.
As últimas implantações foram feitas na bacia do rio Barigui. São os parques Yberê, Mairi, Mané Garrincha e Guairacá. Outro exemplo recente é o do Memorial da Imigração Japonesa, no Rio Iguaçu.
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