O Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, registrou na quarta-feira (26) a postura do primeiro ovo de mutum-de-alagoas em um zoológico. A ave extinta na natureza desde a década de 1970 tem a reprodução em cativeiro estimulada por um plano de ação nacional de conservação. Em todo o país, são 233 aves, quase todos mantidos em três criadouros em Minas Gerais. As informações são do G1.
Dez casais de mutum-de-alagoas – ou mutum-do-nordeste – chegaram a Foz do Iguaçu no dia 20 de junho e logo passaram a ser assistidos. Os especialistas do Parque das Aves, no entanto, não esperaram a reprodução tão cedo. Depois de posto, o ovo foi colocado isolado em uma incubadora. A previsão é que o filhote nasça em 30 dias, período de incubação da ave.
Ainda não é possível afirmar o que levou os mutuns se reproduzirem tão rapidamente, mas alguns cuidados foram tomas para que houvesse um ambiente propício para as aves. Foi construída uma área especial, com recintos amplos em um local isolado, fora da área de visitação, e as aves têm um tratador exclusivo para elas, conta a diretora técnica Yara Barros.
Paralelamente ao programa de reprodução do mutum em cativeiro incentivado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Parque das Aves pretende participar também do programa de reintrodução da espécie na natureza.
Conhecido pelos programas de reprodução em cativeiro, o parque já conta com indivíduos de várias espécies nascidas no local, como o mutum-do-sudeste, a ararajuba e a jacutinga – ameaçadas de extinção -, além de flamingos, guarás, papagaios de cara roxa e de peito roxo e araras.
O Parque das Aves é aberto à visitação e reúne mais de 800 animais de 200 espécies típicas da região e algumas exóticas como o casuar, conhecido como a ave mais perigosa do mundo. Cobras, jacarés e borboletas também fazem parte do acervo.
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