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Paranhos fará gestão participativa

Com mais de 51% dos votos no primeiro turno, Paranhos vence as eleições e quer agora um governo "pelo bem de Cascavel"
Com mais de 51% dos votos no primeiro turno, Paranhos vence as eleições e quer agora um governo “pelo bem de Cascavel”

O deputado Leonaldo Paranhos (PSC) vai comandar a prefeitura de Cascavel, uma das principais economias do Oeste do Paraná. No dia 2 de outubro, Paranhos recebeu 51,17% dos votos válidos (86.099 no total) e venceu a eleição no primeiro turno. Agora, passada a tensão eleitoral, o prefeito eleito corre contra o tempo para definir sua equipe e colocar em prática as propostas apresentadas durante a campanha.

Nesta entrevista exclusiva A Gazeta do Iguaçu, Paranhos fala do norte de sua gestão e as ações que considera prioritárias. “Vamos ter dificuldades, vamos apresentar à população as dificuldades, mas junto com as dificuldades vamos apresentar as sugestões, as saídas para que possa resolver”, afirma o prefeito eleito.

Paranhos disse que vai manter uma relação republicana com o governador Beto Richa (PSDB) e buscar, junto aos governos estadual e federal, os recursos necessários para o desenvolvimento de Cascavel. Veja a seguir a íntegra da entrevista:

A Gazeta do Iguaçu – Quais suas primeiras ações frente a prefeitura de Cascavel?
Leonaldo Paranhos – Vamos concluir um planejamento que já estamos fazendo.

Temos que otimizar a receita e para isto estamos fazendo uma proposição do corte de algumas secretarias, de corte de todo desperdício e evidentemente combater a corrupção. Mas queremos fazer isto de uma forma muito eficiente, com planejamento para que não fique apenas um corte de secretarias, de cargos.

Tudo aquilo que tem um custo benefício que possa ser cortado sem trazer prejuízo no atendimento à população. Então, contratamos inclusive técnicos para que façam um estudo da cidade, da sua estrutura, das demandas que temos para que a gente possa fazer isto de forma muito eficiente.

Como enfrentar a crise de poucos recursos que afeta as prefeituras?
Paranhos – Não é uma crise municipal, é uma crise nacional que afeta todos os municípios, mas eu já sabia disto. Nós vamos adotar um sistema inclusive de não ficar chorando, porque todo mundo que se proponha a governar um município precisa antes analisar, não adianta ganhar a eleição e ficar chorando. Claro, vamos ter dificuldades, vamos apresentar à população as dificuldades, mas junto com as dificuldades vamos apresentar as sugestões, as saídas para que possa resolver. Governar Cascavel, claro que tem problemas, mas é uma cidade que tem um potencial muito grande, o que precisamos é, respeitar a população, otimizar a receita e priorizar as ações que temos que fazer.

Como será a relação com o governo do estado?
Paranhos – Será uma relação respeitosa. O Governo do Estado tem todo o nosso respeito e a cidade de Cascavel quer o respeito. O governador Beto Richa tem demonstrado isto. Ele sempre está em Cascavel, sempre investiu em Cascavel, sempre teve muito boas votações. Vai ser uma relação republicana, apoiei o governador duas vezes – 2010 e 2014, claro de forma muito respeitosa estaremos indo buscar aquilo que por lei está garantido e alguns investimentos extras que já estou trabalhando junto ao governo do Estado e também ao governo Federal.

Já tem alguma conversação sobre a transição do atual para o próximo governo?
Paranhos – Nós vamos indicar os nomes que fizeram o nosso plano de governo e algumas pessoas que trabalharam na coordenação de campanha, acompanhados por dois técnicos que são especialistas em transição. Na verdade, isto é para que a gente possa ter estas informações, trabalhar com a Câmara de Vereadores ainda este ano para fazer, talvez alguns ajustes no orçamento para que a gente, em janeiro, não tenha uma surpresa desagradável.

Por exemplo, uniforme escolar tem que ser entregue em fevereiro, não no meio do ano. Então, esta licitação já foi feita? Remédios, merenda escolar, tudo isto queremos antecipar e com muito respeito pedir a atual administração para que deixe encaminhado. As licitações podem ser feitas, nós não queremos chegar lá e fazer licitação, queremos chegar lá para dar atendimento à população que precisa do governo municipal.

O prefeito Edgar Bueno (PDT) já deu algum sinal?
Paranhos – Sim, já deu. Falei com ele pessoalmente, claro, não podia ser diferente, disse que vai abrir o município para repassar estas informações, que é um direito de todos.

Como está sendo a formatação do governo Paranhos?
Paranhos – Ainda não tem nomes, até por que nós não tínhamos nenhum compromisso com secretarias nem com cargos, mas também vamos, através deste estudo que a Dom Cabral está fazendo, propor um novo formato de administração, muito eficiente e aí estas pessoas vão se encaixar neste novo formato. Não ao contrário, a prefeitura vai encaixar na necessidade das pessoas, não. Nós vamos ter os nossos secretários, técnicos e políticos em suas áreas, mas encaixando nesta nova estrutura governamental e respeitando a tendência do nosso município.

Cascavel tem boa representatividade tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal. Como será a relação com os parlamentares?
Paranhos – Acho que todos nós que representamos a cidade, na Assembleia Legislativa, nos governos estadual e federal, temos interesse em ajudar Cascavel. Começamos agora uma nova fase, uma campanha pela cidade, uma campanha pela população. E aí cabe todo mundo. Não é momento mais de disputar eleição, acabou a eleição, agora começa uma campanha pelo nosso município, de resolver os problemas.

Não acredito que as pessoas que participaram ou não do pleito não vão dar a sua contribuição. Aí foge evidentemente daquilo que a gente sempre falou na campanha, todos nós que fomos candidatos a prefeito, nossos deputados, tem um amor pela cidade, por consequência um respeito pela população. A minha experiência me dá condição de ser muito respeitador com todas as autoridades para que a gente possa unir forças e atender a nossa gente.

O que o cidadão cascavelense pode esperar da gestão Paranhos?
Paranhos – Muito trabalho. Muito trabalho e respeito. A população depositou em nós uma eleição de primeiro turno, foram mais de 50% dos votos. Mas serei o prefeito de toda cidade, daqueles que não votaram e a gente respeita este processo democrático, mas agora queremos e vamos atender toda população. Claro que não é possível resolver os problemas no primeiro dia, no primeiro mês, mas nós temos medidas a curto, médio e longo prazo, inclusive ultrapassa os quatro anos da nossa presença na prefeitura.