O deputado Leonaldo Paranhos (PSL) promveu audiência na manhão desta terça-feira (19), na Assembleia, para debater a distribuição do “Kit Anti-Homofobia” nas escolas do Paraná.
Ligado a bancada evangélica, ao que tudo indica, Paranhos se preocupou em convidar apenas os irmãos evangélicos, deixando de lado qualquer contra-posição.
A pouca representatividade nos debates foi bastante questionada por Márcio Martins, secretário da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT).
“Não existia uma fala na mesa que expusesse o outro lado”.
“Eles chamaram um representante do Ministério da Educação que já havia dito que o Ministério não se pronunciaria, pois o projeto já estava aprovado”, disse Martins, em entrevista a Fernando Castro, do G1.
“Foi uma audiência chamada por deputados da bancada evangélica, plantada com factoides pra minar um projeto que é contrario a ideologia religiosa deles”, disparou Martins.
O representante da ABLGBT também questionou a alegação dos deputados de que a intenção seria preservar as crianças do conteúdo da cartilha.
“O material não é direcionado para crianças e sim para adolescentes do ensino médio. Além disso, é voltado para os educadores e não para os alunos”, afirmou.
Ele ainda lembrou que tudo foi aprovado em todas as 27 conferências estaduais que discutiram o tema.
O material em questão foi requisitado pelo Ministério da Educação (MEC) a Organizações Não-Governamentais (ONGs), com objetivo de ser distribuído em escolas de todo o país.
O kit faz parte do programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal, e contém material didático-pedagógico direcionado aos professores.
O objetivo é dar subsídios para que eles abordem temas relacionados ao homossexualismo com alunos do ensino médio.
O deputado Paranhos avaliou o encontro como positivo para a discussão sobre o tema.
“A minha análise foi a melhor possível, houve a participação de diversos segmentos como pais, pastores e pessoas a favor do kit”, afirmou.
Na opinião do deputado o kit não evita a discriminação. “É um material danoso que não combate a homofobia. Existe um equívoco, uma discriminação do próprio material que mostra a derrota do sonho de um menino homossexual”, explicou.
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