Em São Paulo, empresários e investidores apontaram interesse em desenvolver projetos na ordem de R$ 2 bilhões no Paraná. Este é saldo do encontro realizado nesta quinta-feira, 1º de junho, pela Agência Paraná Desenvolvimento e a Secretaria de Fazenda com mais de 100 empresas. O governador Beto Richa participou do encontro e disse que neste momento o Estado negocia com diversas empresas, industriais e comerciais.Richa destacou que o Estado propiciou, nos últimos anos, um ambiente de negócios favorável para investimentos. Ele ressaltou a segurança jurídica, o diálogo entre governo e empreendedores, um estruturado programa de incentivo fiscal e investimentos em infraestrutura.
“Além dos investimentos que fizemos para melhorar a competitividade do Estado, participei de debates técnicos e jurídicos, que propiciaram segurança para os investidores e que resultaram em investimentos bilionários nos últimos anos. Esse é um legado que esse governo vai deixar”, disse ao citar os R$ 42 bilhões já atraído pelo programa de incentivos Paraná Competitivo desde 2011.
Para o presidente da APD, Adalberto Netto, hoje há o reconhecimento, por parte dos empresários, de que o Paraná tem uma situação diferenciada em relação aos demais Estados. Ele citou, como exemplo, fornecedores da Klabin, que já demonstraram interesse em investir na região de Ortigueira. Um grupo de empresas indianas também têm projetos para o Paraná.
Montadoras – Para Olivier Murguet, presidente da Renault Américas, a mão de obra qualificada, a logística e a visão de longo prazo sustentaram a decisão da montadora de investir no Estado. “Crescemos nos últimos anos e damos preferência para investimentos no Paraná, com uma visão, sobretudo, de longo prazo”, disse Murguet. A Renault, que se instalou no Estado em 1996, investiu, de acordo com ele, R$ 500 milhões na fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, entre 2014 e 2019.
Outra montadora que tem novos planos para o Estado é a Volkswagen. De acordo com Antonio Megale, diretor de relações governamentais da empresa e presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Paraná é a segunda maior operação da montadora no Brasil.
Hoje 85% da mão de obra da fábrica é formada por paranaenses. “Nos últimos anos vimos uma melhora significativa nas condições logísticas no Estado. Quando cheguei ao Paraná eram comuns filas quilométricas de caminhões para acesso ao porto. Hoje isso não existe mais”, afirmou.
Também a Klabin deverá, em breve, anunciar investimentos no Estado, segundo Cristiano Teixeira, diretor-geral da empresa. No encontro, Teixeira destacou a parceria com o porto de Paranaguá, onde a Klabin mantém um terminal para movimentação de celulose. “O porto paranaense tem uma gestão impecável”, disse. Ele destacou, também, a produtividade das florestas do Estado.
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