Os presídios do Paraná tem 300 presos além do número de vagas, diz a Folha de São Paulo, em reportagem publicada neste sábado (2). A matéria diz que o governo do Estado está transferindo presos das delegacias e revela que em 2011 o Paraná era o Estado com a pior superlotação e que havia mais presos nas delegacias do que nos presídios: 16 mil detentos para 4.500 vagas, mais que o triplo da capacidade.
Desde então, revela a matéria, o governo do Estado com ajuda do Judiciário, está promovendo a transferência de presos e conseguiu reduzir o número de presos em delegacias pela metade. Para resolver definitivamente o problema, estão sendo construídos 20 presídios que abrirão 6.700 vagas até o ano que vem.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Cal Garcia, diz que a decisão do governo do Estado é correta. Segundo ele, “havia uma situação caótica, dramática, nas delegacias e que o problema que se buscou corrigir era infinitamente maior do que hoje”. E mais: “os presos que estão dormindo em colchões no chão antes dormiam pendurados em grades, como homens morcegos”, revela.
O que a Folha de S. Paulo esqueceu de dizer: desde que assumiu, o governador Beto Richa vem administrando o caos herdado do governo Requião. Com a ampliação e construção de 20 unidades no sistema prisional do Estado, cujas obras estão sendo iniciadas, a meta é solucionar definitivamente o problema da permanência de presos nas carceragens das delegacias de polícia.
No total, serão abertas mais 6.670 vagas no sistema penal. Serão construídas seis cadeias públicas, com 2.292 vagas para presos provisórios; seis novos centros de integração social, com 1.296 vagas para presos de regime semiaberto; e ampliadas oito unidades, gerando 3.082 novas vagas para regime fechado. Para isso, o investimento é de R$ 132 milhões, sendo recursos do governo federal com contrapartida do governo do Paraná.