O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacou nesta segunda-feira (22) o investimento do Estado para garantir melhoria no serviço de fornecimento de energia elétrica nas áreas rurais. O Programa Paraná Trifásico, diz Romanelli, é um avanço e um incentivo ao desenvolvimento da agropecuária paranaense.
“Serão investidos R$ 2,1 bilhões até 2025 no maior programa elétrico na era digital”, considera o deputado. Romanelli explica que o programa precisou ser escalonado porque não havia disponibilidade de insumos suficientes para instalação imediata dos equipamentos e do cabeamento.
A previsão é de que sejam instalados 2,5 mil quilômetros apenas em 2020. O programa é uma evolução do Clic Rural, que possibilitou a mais de 120 mil propriedades rurais nos anos 80 o acesso a energia elétrica, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no campo. Na época, todas as redes instaladas eram monofásicas.
O Clic Rural se tornou o principal programa de eletrificação rural, o que colocou o Paraná como o Estado com maior número de consumidores rurais ligados à rede de energia elétrica. Romanelli lembra que para executar o programa e atender aos produtores rurais, a Copel definiu algumas estratégias como a diminuição das sofisticações técnicas e barateamento dos serviços, para torná-los acessíveis.
Investimento — Até o momento pelo Paraná Trifásico foram instalados 310 quilômetros de redes modernas de energia elétrica. O investimento representa apenas 1,24% do total de 25 mil quilômetros que serão implementados nos próximos anos.
Com o investimento nas novas redes, a previsão é de que o Paraná incentive o aumento da produtividade e a transformação das cadeias produtivas do leite, da avicultura, piscicultura e suinocultura. “Em algumas regiões, como no Oeste e Norte Pioneiro, onde a avicultura e a pecuária têm forte influência na economia, assim como outras culturas, o programa vai garantir um ritmo de crescimento pelos próximos 30 anos”, estima Romanelli.
O deputado aponta que a transformação da rede elétrica – de monofásica para trifásica – vai permitir aos empreendedores rurais a ampliação ou construção de novas instalações. Isso porque, segundo ele, o novo sistema, moderno e adaptável às novas tecnologias, vai eliminar quaisquer dificuldades como estas, até então enfrentadas nos empreendimentos rurais.
Paraná Trifásico — Desde a década de 1980, os produtores do Paraná têm apenas a opção de utilização da rede elétrica monofásica. Com o novo programa, os produtores paranaenses terão, além de abastecimento com energia elétrica nas casas e propriedades, uma rede trifásica, que pode ser utilizada tanto na produção quanto nas residências.
No sistema atual, os postes são fixados em meio à plantação, dificultando o acesso dos técnicos, quando da necessidade de manutenção da rede. Com o novo sistema, que está em implantação em todo o Estado, os postes antigos são retirados do meio da plantação e colocados nas estradas rurais, facilitando o acesso dos técnicos.
Além disso, os cabos são revestidos e mais resistentes. Assim, se eventualmente um árvore ou um equipamento agrícola tocar na rede, o risco de acidente é bem menor do que no sistema atual, com cabos sem proteção.
Também será possível interligar as redes, o que vai criar redundância no fornecimento. “Assim, se a energia falhar em uma ponta, a outra fornece o abastecimento e, em caso de desligamentos, os produtores rurais terão o restabelecimento da energia mais rápido”, explica Romanelli.
Tecnologia – Com os novos equipamentos, considerados inteligentes, também será possível identificar curtos circuitos mais rapidamente. “Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o investimento da Copel vai proporcionar o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago”, afirma.
Os novos equipamentos, com motores trifásicos, normalmente são mais eficientes, baratos e têm uma taxa de falha menor. As redes elétricas trifásicas também favorecem quem pretende ser produtor de energia elétrica nas suas propriedades, uma vez que a rede monofásica limita esta possibilidade.
As linhas têm conexões inteligentes com monitoramento constante da rede, chamados de religadores automáticos, que têm capacidade para identificar problemas e “abrir temporariamente” para passagens de eventuais curtos para evitar desligamento da rede. Os equipamentos também podem ser acionados remotamente pelo Centro de Operação da Copel em Curitiba, caso seja necessário.
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