Estimativa é de mil projetos sem conclusão no Estado; problema é agravado por edificações prontas e abandonadas sem uso
Por Carolina Avansini, na Folha de Londrina:
Prédios totalmente edificados, construídos com recursos públicos e sem qualquer utilização fazem parte de uma realidade que expõe o desperdício causado pela falta de planejamento e descontinuidade administrativa entre governos. Estimativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta uma média de mil obras paralisadas no Paraná. O problema é agravado pela existência de edificações concluídas e abandonadas sem uso.
Exemplos do descaso com o dinheiro público são fáceis de encontrar e visíveis aos olhos de quem passa pelas obras. Na Zona Rural de Maringá (Noroeste), uma fábrica de polpa de frutas equipada com máquinas industriais foi inaugurada em 2007 pela prefeitura e nunca utilizada.
O imbróglio envolvendo uma área planejada para receber a Colônia Penal de Tamarana (Norte), na década de 1980, teve a construção paralisada e, posteriormente, utilizada como depósito de agrotóxicos. Após a retirada dos produtos, no final da década de 90, o espaço de 40 alqueires foi ocupado por várias famílias.
Na Costa Oeste, seis municípios que margeiam o Rio Paraná inauguraram em 1997 exuberantes bases náuticas construídas pelo governo do Estado – que investiu à época R$ 3 milhões – para sediar os Jogos Mundiais da Natureza. A competição esportiva não passou da primeira edição.
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