O Paraná vai receber no próximo dia 27 o certificado internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. O anúncio será feito na 88ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal em Paris, na França. A expectativa é que o Governo do Estado realize um evento no Palácio Iguaçu logo após a confirmação.
O status é uma demanda antiga do setor produtivo liderado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e pelas cooperativas. O reconhecimento colocará o Estado em outro patamar global como fornecedor de proteínas animais. A partir da conquista deste novo status sanitário, o Paraná poderá buscar novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne.
Segundo técnicos do setor produtivo, os impactos também se refletirão nas outras cadeias de proteínas animal e vegetal, principalmente na avicultura e suinocultura, atividades nas quais o Paraná é tido como referência nacional e mundial na produção, tanto na qualidade como na quantidade.
O processo iniciou com o estabelecimento e fortalecimento da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), ainda no governo Beto Richa.
Em agosto de 2018, a governadora Cida Borghetti agilizou o andamento da certificação ao encaminhar ofício ao Ministério da Agricultura ratificando o compromisso do Estado em implementar as ações e metas previstas no Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa.
Essa decisão acelerou o processo em dois anos, já que de acordo com o cronograma estabelecido pelo PNEFA, só se tornaria livre da vacinação em 2023. O Paraná integra um bloco com Rio Grande do Sul, Santa Catarina (que já é área livre de febre aftosa sem vacinação), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Como parte do protocolo, o Paraná não realiza a vacinação contra a febre aftosa desde novembro de 2019. Desde 2006 o Estado não registra novos casos da doença.
A expectativa do Governador do Paraná, Ratinho Júnior, é que esse status permita uma ampliação nas exportações paranaenses de proteína animal, sendo fundamental para a retomada financeira do estado após a pandemia do coronavírus.
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