O Paraná vai debater, em audiência pública, a proibição ou não de venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol durante a Copa do Mundo de 2014. A discussão foi aprovada pela Assembleia Legislativa ao atender requerimento parlamentar.
O estado seguirá a decisão do líder do governo na Câmara Federal, Arlindo Chinaglia (PT-SP), em entendimento com as lideranças dos partidos aliados ao governo. Com isso, a proibição será retirada em âmbito federal, e caberá aos estados legislar sobre o assunto.
A decisão ainda não é oficial, já que ainda precisa ser votada em plenário. Entretanto, parlamentares paranaenses já estudam apresentar leis e fazer audiências públicas a respeito. Antes mesmo do debate o tema gera polêmica entre os deputados paranaenses favoráveis e contrários a venda de bebidas nos jogos.
“Não consigo associar esporte com bebida alcoólica. O estádio tem de ser um lugar apropriado para levar os filhos e incentivá-los a praticar esporte, não a consumir bebida alcoólica”, disse o deputado Leonaldo Paranhos (PSC).
Para Stephanes Jr. (PMDB), é preciso respeitar o acordo com a Fifa. “Não vejo problema na liberação das bebidas para esses quatro jogos [da Copa], para não termos problemas com a Fifa. Os turistas que virão para os jogos são pessoas de bom nível, então não vejo problema em liberar”, destacou.
Hoje, a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol é proibida em todo o país, por causa do Estatuto do Torcedor. Antes da aprovação do estatuto, sete estados que serão sedes do Mundial já tinham legislação própria para proibir o álcool: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O Paraná não tem legislação a respeito.
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