O sistema penitenciário paranaense já conta com aparelhos de scanner corporal, que acaba com a revista vexatória para mulheres, em cinco estabelecimentos prisionais. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (21) pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, em ofício enviado à deputada Claudia Pereira (PSC), autora do projeto que deu origem a lei estadual 18.700/2016, regulamentando a instalação dos equipamentos em todas as unidades do estado.
Esta mudança na forma de revista, segundo a deputada, representa um grande avanço na relação ao respeito aos direitos das mulheres – mães, irmãs e esposas – dos presos que cumprem penas nas penitenciárias do Estado, comemora Claudia Pereira (PSC). “Estamos trabalhando para garantir a dignidade das mulheres que tem parentes cumprindo penas nos presídios do Estado”, afirma Claudia.
A revista vexatória consiste em obrigar mulheres a se despir totalmente, ficar de cócoras entre outras situações, para impedir a entrada de objetos ou drogas nas penitenciárias. Em requerimento enviado ao Plenário da Assembleia Legislativa, Claudia justificou a cobrança sobre a instalação dos equipamentos, devido ao tema retornar ao noticiário estadual, “em função de diversas ocorrências desta natureza em estabelecimentos prisionais do Estado”, disse.
De acordo com o ofício enviado pelo Depen (Departamento Penitenciário), assinado pelo diretor Luiz Alberto Cartaxo Moura, o scanner corporal já substituiu a revista pessoal nas penitenciárias estadual de Foz do Iguaçu, Londrina e Cascavel, na Casa da Custódia de São José dos Pinhais e no Completo Penitenciário de Piraquara. Este último incluiu a Penitenciária Feminina do Paraná, Penitenciária Central do Estado, Presídio Central Estadual Feminino, as penitenciárias estadual de Piraquara I e II, e a Casa de Custódia de Piraquara.
“Há previsão de instalação de outro aparelho junto ao Complexo Penitenciário de Piraquara, em razão da crescente demanda”, informou Cartaxo. Que completou: “Até a presenta data a regulamentação segue através de normas de segurança interna do Sistema Penitenciário”.
Foto: Sandro Nascimento/Alep