O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta terça-feira (01), em Curitiba, da inauguração do Erastinho, o primeiro hospital oncopediátrico do Sul do País. Idealizado pelo Hospital Erasto Gaetner, referência no tratamento de câncer no Paraná, a unidade recebeu investimento de R$ 30 milhões, sendo que mais de R$ 19 milhões foram destinados pelo Governo do Estado. O hospital é filantrópico e atende também pelo SUS.
Com uma área de 4,8 mil metros quadrados, a unidade vai atender exclusivamente crianças e adolescentes com câncer, que hoje fazem tratamento na Ala Pediátrica do Hospital Erasto Gaertner. A expectativa com a nova unidade é dobrar a capacidade de atendimento oncopediátrico, com foco também no diagnóstico precoce, na promoção e prevenção de saúde.
“Este hospital é fruto de um trabalho de muitas mãos, com a sociedade e poder público juntos pela concretização do projeto, sem contar a credibilidade e a expertise de toda a equipe técnica do Erasto Gaertner”, afirmou o governador. “Este trabalho conjunto resultou em uma instalação moderna, um ambiente lúdico que traz um cuidado maior para as crianças e os adolescentes que farão tratamento aqui. É um espaço saudável e mais confortável que um ambiente hospitalar comum”, disse.
Ratinho Junior ressaltou que o Paraná conta uma grande estrutura hospitalar para a atenção infantojuvenil, com complexos como o Pequeno Príncipe, em Curitiba, o Waldemar Monastier, em Campo Largo, o Hospital da Criança de Ponta Grossa e futuro Hospital da Criança de Maringá, que será um dos maiores do País.
“O Erastinho tem um diferencial, porque trata de uma doença muito delicada, que infelizmente traz muitas consequências aos pacientes, em especial às crianças e adolescentes”, disse o governador. “Entregar à população um hospital que não tem cara de hospital, que foi todo pensado para atender as crianças de forma humanizada, representa a modernização da área médica”, destacou.
Abraçaram a causa
O superintendente do Hospital Erasto Gaertner, Adriano Lago, ressaltou que, desde o lançamento do projeto, em 2015, toda a sociedade e diferentes instituições públicas se mobilizaram para que a unidade saísse do papel.
“O número de pessoas que abraçaram esta causa é difícil de mensurar. O poder público e a sociedade civil mobilizaram R$ 30 milhões em um tempo recorde. É uma obra inteira da comunidade”, ressaltou.
“O Erastinho quer bater muito forte na questão do diagnóstico precoce e, para isso, vamos trabalhar com prevenção, diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa, porque sabemos que metade das crianças diagnosticadas com câncer ainda não têm uma estrutura adequada para tratamento”, explicou Lago. “Mas o Paraná tem uma experiência diferenciada, com grandes instituições filantrópicas, em diferentes áreas especializadas, que ajudam muito o Estado na gestão da saúde. Ampliar o atendimento especializado é importante, vamos ajudar muita gente Brasil à fora”, afirmou.
O Erastinho
Além de dobrar a capacidade de atendimento oncopediátrico, os pacientes vão encontrar no Erastinho um ambiente moderno e humanizado, com acesso a um tratamento especializado e multiprofissional. A nova unidade tem capacidade para fazer até 17 mil consultas, 500 cirurgias e mais de 85 mil procedimentos por ano.
O complexo conta com 43 leitos de internamento privativos e semiprivativos, recepção, lobby, atendimento ambulatorial, hospital-dia, centro cirúrgico e alas de internação clínica, cirúrgica, TMO (Transplante de Medula Óssea) e UTI. A transferência dos pacientes para a nova estrutura será feita de maneira gradativa, iniciando nas próximas semanas.
Atual ala
Com o novo ambiente, a atual ala pediátrica será transformada em um setor exclusivo para transplante de medula óssea. Com apoio da Volkswagen e do Governo do Estado, por meio do Programa Paraná Competitivo, o local será reformado, passando de 1.050 metros quadrados para 1.300 metros quadrados, podendo ampliar em até 50% o número de transplantes.
Mobilização
O projeto para construção do Erastinho foi lançado em 2015 e, desde então, contou com o apoio massivo da sociedade civil e a parceria entre os diferentes poderes para a sua concretização
A obra teve um custo de R$ 22 milhões. Metade deste valor foi custeado pelo Governo do Estado, que destinou R$ 12 milhões para essa etapa, por meio da Secretaria de Estado da Saúde. O restante foi captado pelo Erasto Gaertner junto à sociedade civil, em eventos, projetos e doações voluntárias.
“A oportunidade que o Erasto nos dá com a ampliação dos serviços e uma unidade exclusiva para o atendimento oncopediátrico é fantástica. Com a estrutura e um parque tecnológico instalado, pouco lugares do Brasil terão essa capacidade de fazer os tratamentos especializados”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
“Teremos capacidade de ampliar todo tipo de tratamento especializado, além de trazer um ambiente lúdico para o processo de tratamento do câncer. Às vezes temos dificuldade de atendimento e agora poderemos trazer para cá pacientes não só do Paraná, como também de outros estados”, disse Beto Preto.
Equipamentos
Além dos recursos para a construção, o Estado também repassou mais R$ 8,1 milhões para a compra de equipamentos e mobiliários para unidade. Deste total, R$ 2,8 milhões são recursos da Secretaria da Saúde e o restante é contribuição do Poder Legislativo, por meio de emendas de deputados estaduais e federais.
“A Assembleia Legislativa tem dado sua contribuição à sociedade, com repasses ao Governo do Estado para a área da saúde, em especial neste momento de pandemia”, explicou o presidente da Assembleia, Ademar Traiano. “Também com o aval do governador e do secretário da Saúde, a Casa repassou recursos para o Erastinho, tanto fruto da economia dos recursos próprios, como por meio de emendas parlamentares”, ressaltou.
Sustentável
A obra do Erastinho atendeu parâmetros internacionais de sustentabilidade, dentro do conceito Green Hospital. Foi a primeira instituição brasileira a conquistar, simultaneamente, as certificações LEED for Healthcare e WELL Building Certification, selos que atestam o menor impacto ambiental nos serviços e a possibilidade de otimizar recursos na operação do edifício, visando a práticas sustentáveis.
As chancelas poderão alçar o Hospital Erastinho à condição de único do País a contar com a inédita dupla certificação internacional, um lastro de excelência no uso das edificações para a promoção da saúde e da redução de impacto no meio ambiente.
Deixe um comentário