No Paraná, o Ministério Público tem um reforço importante contra ações de corrupção e combate ao crime organizado: o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do Paraná.
O órgão vai dispor de tecnologia e de recursos humanos tecnicamente capacitado para travar a luta contra crimes dessa natureza, que evoluem paralelo a audácia dos golpes financeiros contra o Estado e a sociedade. Já se sabe que, para iniciar os trabalhos, oito auditores e técnicos em tecnologia da informação irão atuar no Laboratório.
A estrutura vai auxiliar o trabalho de combate à corrupção e ao crime organizado do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A unidade trabalhará com diversos sistemas de informática integrados para permitir o cruzamento de informações de forma mais rápida e eficiente do que ocorre atualmente.
“O trabalho começa com oito servidores, deve contar com 12 em breve e pode até contar com 20 pessoas, como já ocorre em outros estados”, afirmou o coordenador do laboratório, Alfredo Nelson da Silva Baki. Os servidores do MP irão auxiliar o trabalho de promotores e procuradores. Eles irão cruzar e analisar os dados e repassar as informações aos membros do MP-PR envolvidos em investigações.
O Ministério da Justiça investiu até o momento R$ 1,2 milhão em equipamentos e treinamentos de pessoal. O MP cedeu espaço e servidores. A inauguração do laboratório ocorreu na tarde de ontem (23), na sede do Tribunal de Justiça do Paraná, no Centro Cívico.
Com a unidade paranaense, serão 15 laboratórios pelo país, distribuídos em oito estados. A ação faz parte da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), que reúne órgãos do poder público e da sociedade civil, e é coordenada pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça.
Em geral, cada laboratório conta com computadores e softwares de alta tecnologia, que são usados no cruzamento e análise de dados fiscais, bancários e telefônicos de quadrilhas especializadas em desvio de dinheiro.
Em São Paulo, por exemplo, o laboratório já conseguiu bons resultados no combate à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo Ricardo Saadi, diretor do DRCI, o laboratório não trará informações novas às investigações, mas vai melhorar a análise das que já existem. Ele explica que, ao utilizar os sistemas de computação de maneira conjunta, a unidade permitirá a obtenção de dados que dificilmente seriam conseguidos com o modelo de trabalho atual das investigações do MP.
Com informações Gazeta do Povo
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