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PARANÁ EDUCATIVA RETOMA DEBATES DO FÓRUM SOCIAL DO MERCOSUL

A integração de políticas públicas, de projetos de cunho social e da economia baseada na solidariedade faz parte de um processo irreversível no Mercosul. A opinião e dos debatedores da última edição do Fórum Social, programa transmitido pela Rádio e TV Paraná Educativa as quintas-feiras e sextas-feiras, das 20h ás 21h. A edição de sexta-feira debateu a “vocação do Paraná ao Mercosul” e reuniu Gladys de Souza, da Casla (Casa Latino-Americana); Nivaldo Rizzi, da Secretaria de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior; Santiago Gallo, secretário do Codesul no Paraná; e Doático Santos, coordenador do Fórum Social do Mercosul.

Santiago Gallo disse que o Paraná pontua no continente pela transferência de políticas públicas para vários países do Mercosul. “Esse é um processo irreversível e que cada vez vai se ampliar mais. São políticas desenvolvidas em diversos setores que servem de referência. É a economia baseada na solidariedade entre os povos”.

Gallo disse que o Paraná, fronteira com a Argentina e o Paraguai, está vocacionado para a integração. “Nas missões, buscamos sempre demonstrar que é possível sustentar o desenvolvimento econômico com as nossas próprias forças produtivas numa relação de respeito e igualdade”.

O coordenador do Fundo Paraná, Nivaldo Rizzi, disse que o Estado já tem uma base sólida nas áreas de ciências e tecnologia – sete universidades estaduais, duas universidades federais e 37 faculdades – para intercâmbio e transferência de tecnologia aos países da América Latina.

Rizzi citou a proposta do governador do Paraná, Roberto Requião, de utilizar as faculdades e universidades estaduais do Estado como instrumentos que contribuam para a integração dos países da América do Sul e intensificar o intercâmbio comercial e cultural entre as nações.

A integração sul-americana só se consolida a partir do momento em que a região se conhecer mais profundamente. O intercâmbio é um dos caminhos que podem levar à construção de uma identidade sul-americana. O Paraná tem missões com Cuba e Venezuela e pode adotar a mesma estratégia para promover troca de informações e tecnologias com a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e o Chile.

Gladys Souza também destacou a vocação paranaense para integração latino-americana destacou como exemplo o programa de extensão universitária “Universidade Sem Fronteiras”. O programa terá R$ 10 milhões para projetos de extensão universitária. Um desses projetos vai combater a prostituição e na área do ensino superior e da pós-graduação, a prioridade é a qualificação dos professores universitários. “A Universidade Sem Fronteiras é um exemplo para todos os países da América Latina”, disse.

Doático Santos disse que o Paraná faz parte da vanguarda de políticas publicas que se contraponham aos preceitos e preconceitos neoliberais. “Lembro o discurso do governador Requião na Chamada Geral que apontou que no Paraná, a Sanepar e Copel foram desprivatizadas e a educação, a saúde, e as obras de infra-estrutura foram retomadas pelo Estado”, disse.

“O Paraná está na vanguarda e uma presença vigorosa no Mercosul com suas políticas públicas, tem a gestão pública na água e da energia elétrica. Temos nesta região o Aqüífero Guarani, um bem público de todos. O Paraná tem ainda uma política tributária e fiscal de apoio às micro e pequenas empresas. E um fantástico plano de apoio à pequena agricultura, à agricultura familiar”, disse Doático.