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Paraná é destaque nos investimentos da indústria alimentícia brasileira, diz Zeca Dirceu

O deputado Zeca Dirceu (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que uma parte considerável dos R$ 120 bilhões em investimentos da indústria alimentícia no País até 2026 será empregado em aumento das unidades fabris, entre outras inversões, no Paraná. “O estado é o maior produtor de proteínas do país e está diversificando, juntando valor agregado, na produção de itens de toda a cadeia alimentar. As agroindústrias são o maior exemplo”, disse Zeca Dirceu sobre o anúncio feito pela Associação Brasileira de Alimentos (Abia) ao presidente Lula (PT) nesta terça-feira, 16, no Palácio do Planalto em Brasília.

Segundo a Abia, dos 12 principais investimentos previstos até 2026, oito têm relação direta com o Paraná: os recursos serão aplicados ou as empresas têm sedes e subsidiárias com forte atuação no estado. “Além das exportações exemplificadas pelas proteínas à China – Paraná foram autorizados cinco frigoríficos -, a produção de alimentos pelas fábricas abastece 73% do mercado interno, ou seja, o país voltou a ser um mercado importante para a indústria alimentícia”, avalia o deputado.

Do valor total, aproximadamente R$ 75 bilhões serão destinados à ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil. Já os outros R$ 45 bilhões serão para novas máquinas, equipamentos e investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Na lista dos investimentos da Abia estão a BRF (R$ 5,6 bilhões na ampliação de unidades), Coca-Cola (R$ 4 bilhões na modernização e ampliação da malha fabril), Coamo (R$ 3,5 bilhões na ampliação da capacidade de armazenamento e processamento), Cargill (R$ 2,6 bilhões), Bunge Alimentos (R$ 1,7 bilhão em moinhos de trigo), Cocamar (R$ 1,3 bilhão na expansão da produção de soja), Pepsico (R$ 1,2 bilhão no aumento de produção) e Mondelez (R$ 1 bilhão nas fábricas de Curitiba e Pernambuco).

Mais investimentos
Além dos principais investimentos, a Abia aponta mais de R$ 8,2 bilhões em investimentos, entre eles, a planta da Seara no Paraná e o processamento de soja em Palotina pela C. Vale. Em junho agora foram mais três inversões na ordem de R$ 2,9 bilhões: Ambev (R$ 870 milhões na produção de garrafas), Maltaria Campos Gerais (R$ 1,6 bilhão das Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola na produção 280 mil toneladas de malte/ano) e Union que reúne as cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal (R$ 450 milhões na fábrica de lácteos em pó na cidade de Castro).

A PepsiCo, da Elma Chips, lançou uma nova linha de snacks produzida em sua planta em Curitiba que além do mercado nacional, também deve ser exportada para os países do Mercosul. A fábrica também está investindo em uma nova linha de produção dos chamados extrusados, que incluem salgadinhos como o Cheetos e Cebolitos. A previsão é que a nova linha entre em operação em agosto deste ano e gere cerca de 60 empregos diretos.

Já a Mondelez – detentora de marcas como Lacta, Bis, Sonho de Valsa, Tang, Halls, Trident, Club Social, Oreo – produz chocolates, gomas, balas, sucos e sobremesas em pós e cream cheese. A unidade emprega de Curitiba cerca de dois mil trabalhadores e tem aproximadamente mil prestadores de serviços.

Proteínas e exportação
Outro dado importante, segundo Zeca Dirceu, é que as indústrias movimentam também a agricultura familiar já que compram 67,4% da produção familiar brasileira e o estado coloca nove cidades na liderança da produção agropecuária no país: Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul que lideram a produção nacional de pelo menos 12 produtos que vêm do campo.

Zeca Dirceu destaca que o Paraná produziu 660,63 mil suínos, 111,99 milhões de frangos e 28,82 milhões de dúzias de ovos a mais em 2023, no comparativo com 2022, com o maior crescimento nacional nas três cadeias de proteína animal.”O aumento da produção mostra a importância das missões internacionais do presidente Lula. Dos 38 frigoríficos habilitados pela China, cinco são do Paraná”.

As exportações do agronegócio brasileiro, em 2023, atingiram um recorde de US$ 167 bilhões, um aumento de 5% em relação a 2022. Com 49%, o setor foi responsável por quase metade de todas as exportações brasileiras. Com as novas negociações bilaterais e o reconhecimento internacional da qualidade e do controle sanitário e fitossanitário dos produtos nacionais, o Brasil, desde o início do governo do presidente Lula, já abriu 160 novos mercados em 54 países, distribuídos pelos cinco continentes.

(com informações do Ministério da Agricultura e Agropecuária)