Dezenas de ex-trabalhadores da hidrelétrica binacional de Itaipu montaram nesta segunda-feira (8) um acampamento na porta da embaixada brasileira em Assunção para reivindicar o pagamento de benefícios sociais que afirmam lhes serem devidos pelo trabalho na construção da represa.
O grupo representa cerca de 9.000 ex-empregados paraguaios das empresas que construíram a obra, entre 1974 e 1982, e que já protagonizaram outros protestos, chegando a fazer greves de fome por mais de um mês.
“Ficaremos aqui indefinidamente até que respondam a nossa reivindicação, que deve ser atendida pelo governo do nosso país, que tem o poder de resolver o problema”, disse Carlos González, porta-voz do grupo.
Crucificação -González, que esteve em protestos anteriores em que alguns dos participantes chegaram a se crucificar, pede que seja paga aos paraguaios a mesma remuneração destinada aos trabalhadores brasileiros ao terminar a construção de Itaipu, além de benefícios trabalhistas retroativos.
No fim de janeiro, eles suspenderam a greve quando o Ministério do Trabalho paraguaio lhes prometeu negociar um acordo, que, segundo González, não foi cumprido.
Procurada, a embaixada brasileira informou que não foi a primeira vez que o protesto foi realizado.
Gozález afirmou que, se o governo de seu país não atendê-los, voltarão a crucificar-se nesta semana.
“A crucificação é uma ferramenta que está em nossa luta. Desta vez será muito mais forte porque os companheiros perderam o medo e estão preparados para oferecer este sacrifício”, disse.
A embaixada foi protegida com um cercado e proteção policial extra.
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