O plano de erguer o novo complexo administrativo de Itaipu é anunciado em meio a debates de campanha no lado paraguaio sobre uma possível revisão dos contratos de venda de energia ao Brasil.
Dos 45 milhões de megawatts/ano que o Paraguai tem direito de retirar de Itaipu, 38 milhões são revendidos ao Brasil por US$ 300 milhões, valor que une preço da energia e royalties de compensação.
Um dos candidatos a presidente do Paraguai na eleição de 20 de abril, o ex-bispo Fernando Lugo, da coalizão de esquerda Aliança Patriótica para a Mudança, é o que mais tem defendido mudanças no contrato original.
Lugo quer que o Paraguai receba pelo menos US$ 2 bilhões anuais pela energia revendida ao Brasil. O candidato diz que o preço da energia teve como base de cálculo o preço do barril do petróleo, que, no início de 1973, estava em US$ 3 e que hoje já ultrapassou os US$ 100.
Da Agência Folha em Curitiba