Na sentença de condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o juiz federal Sergio Moro afirmou que a permanência de diversos casos ligados à Operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná evita a “dispersão de provas”. As informações são da Folha de S. Paulo.
A condenação de Vaccari, anunciada na segunda (21), foi publicada dois dias antes de o STF decidir retirar de Moro a responsabilidade sobre um dos braços da Operação Lava Jato por considerá-lo não relacionado com a corrupção na Petrobras.
A decisão do Supremo diz respeito ao processo que investiga a ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma, Gleisi Hoffmann. O inquérito apura envolvimento de operadores de desvio de dinheiro da Petrobras em fraudes no Ministério do Planejamento.
Com isso, o caso será encaminhado à Justiça Federal em São Paulo. A medida contrariou policiais federais e procuradores da República, que temem o “fatiamento” de outras partes da investigação.
Para Moro, há justificativa para a união dos processos na Vara Federal de Curitiba porque existe entre eles “conexão” das provas e “continuidade delitiva”. “O fato é que a dispersão das ações penais, como pretende parte das defesas, para vários órgãos espalhados do Judiciário no território nacional (foram sugeridos, nestas e nas diversas ações penais conexas, destinos como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília), não serve à causa da Justiça, tendo por propósito pulverizar o conjunto probatório e dificultar o julgamento”, escreveu.
Foto: Gil Ferreira/Agência Brasil
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