A Procuradoria de Investigações Criminais (PIC), órgão do Ministério Público Estadual especializado em crimes de alto e baixo coturno, deixou de exercer seu papel.
Pode-se dizer que neste momento é a PIC quem está sob investigação. Por determinação do governador Requião, os policiais que estavam à disposição da Procuradoria retornaram às origens.
A casa que servia ao órgão foi requisitada, o que deixou a PIC também na condição de sem teto. Resumo da ópera: por ora, a PIC em Curitiba não existe. Continua funcionando nos principais municípios do interior do Paraná.
Ora, pois, a PIC passa por uma reviravolta sem antecedentes em sua história. Seu procurador-chefe é Paulo Kessler, responsável pelo caso Razera, o dos grampos telefônicos, divulgado em plena campanha eleitoral e que acabou servindo de mote constante para a oposição a Requião.
A Secretaria de Segurança Pública agora vai investigar se os policiais que estavam na PIC tiveram ou não responsabilidade no vazamento e distribuição de fitas com gravações e investigações feitas pela Procuradoria, como, por exemplo, o caso Razera.
Durante a campanha houve vazamento de fitas gravadas apreendidas pela PIC. Seus conteúdos foram parar, sistematicamente, na imprensa que milita na oposição ao governo.
Somou-se a isso o vazamento das fitas encontradas no arsenal do policial Razera, e que envolvem desde escutas telefônicas de espionagem política, industrial, patrimonial e, principalmente, de casos extraconjugais.
O material era resultado de investigação e deveria ser mantido sob sigilo. Se houve vazamento, houve dolo, dizem os juristas da praça. O caso pode alcançar importantes figuras do sistema, a começar pelo Ministério Público, que teria ferido suas próprias regras, no entender do governador Requião. Fábio Campana, no Estadinho
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