O candidato a governador Osmar Dias chamou a imprensa nesta sexta-feira, 25, em Curitiba, para denunciar uma suposta reportagem negativa e acabou revelando que possui um latifúndio no estado de Tocantins de 1.720 alqueires goianos ou nada menos do que
Osmar Dias reconheceu que este não é o valor correto da propriedade, mas que declarou no Imposto de Renda “o valor histórico com fazem todos os brasileiros”. Na sua declaração de bens a fazenda não aparece. Só informa que o senador possui cotas da empresa Agrodiamante – Pecuária Agroflorestal e o valor é menor: R$ 2.021.405,00.
Para comprar a fazenda disse que usou dinheiro da venda de dois apartamentos, em Caiobá e em Brasília, de duas safras de soja e R$ 150 mil que pegou emprestado do pai e que não pagou “pois ele morreu”.
Dias contou que sua fazenda estaria sendo investigada por um jornalista da revista Isto É por suposta denúncia de crime ambiental ou de problemas trabalhistas. O senador disse o nome do repórter, Alan Rodrigues, afirmou que existe um jornalista com este nome trabalhando na revista, mas admitiu que não foi confirmar os fatos com a revista ou com a editora.
Temendo alguma reportagem negativa na próxima edição da Isto É, resolveu dar sua versão para a imprensa local.
Segundo Osmar Dias, a entrevista coletiva não foi decidida por nenhum assessor ou “marqueteiro”. “Foi uma decisão minha de defender a minha honra”.
As afirmações do candidato surpreenderam muitos jornalistas que não sabiam das suspeitas envolvendo sua fazenda ou mesmo da existência da propriedade. Antes de responder às perguntas tentou explicar do que estava sendo acusado. “Não pretendo me mudar para Tocantins, pois vou ser o governador do Paraná”, chegou dizendo. “Também não vou contratar um arquiteto para fazer uma casa de luxo com piscina”, adiantou. “Meus funcionários moram em casa de alvenaria e eu ocupo uma casa de madeira com mais de 20 anos e cheia de cupim”, afirmou.
Não acredito nisso! Vou guardar os recortes deste caso. Vou mostrar aos meus alunos como não se deve fazer assessoria de comunicação. Os caras são uns suícidas ou loucos. Sei lá, é muito desespero mesmo. Só há duas explicações:
Ou os assessores são tão baba-ovo que não conseguiram fazer o candidato desistir de tamanha besteira, até mesmo, pelo que parece, deram a maior força; ou são burros mesmo.
Osmar investiu na anti-notícia, pois não havia denúncia formulada, somente, talvez, uma ameaça, um “ouvi dizer”, ou seja não havia fato concreto.
A notícia positiva desejada não repercutiu na imprensa “séria” e veículos nacionais, porque a coletiva não foi séria, foi uma brincadeira com os profissionais da imprensa. De mau gosto, diga-se de passagem.
O tiro saiu pela culatra, Osmar e seus assessores quiseram passar uma imagem de um bom moço, preocupado com sua honra, mas passaram apenas a imagem de um latifundiário que sonegou informações ao TRE.
Com uma assessoria dessas, nem candidatura de sindico se sustenta. Ainda não estou acreditando!