Uma verdadeira bicicleta. É o mínimo que dá para dizer sobre a escanteada que o senador Osmar Dias, candidato declarado ao Governo do Estado pelo PDT, vem levando de próceres do PSDB, em especial do presidente regional, deputado Valdir Rossoni, que afirma nunca ter fechado, nem ele nem Beto Richa, acordo para retribuir o apoio ao pedetista.
"Acordo político não se registra em cartório e sim na consciência. Os meus, eu cumpro”, afirma o senador toda vez que é questionado sobre os últimos acontrecimentos políticos e a decisão do PSDB de lançar dois pré-candidatos. Osmar esperava que os tucanos retribuissem o apoio que deu para Beto Richa nos últimos sete anos.
Aliás, em 2008, o senador impediu que o PDT lancasse candidato à prefeitura, no caso o deputado federal Wilson Picler. Mas não é só a mudança de rumo no ninho tucano que aflige Osmar. Ele afirma que a recíproca no apoio teria sido acertada com o tucano aposentado Euclides Scalco, o senador e presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, Rubens Bueno (PPS), Abelardo Lupion (DEM) e Ricardo Barros (PP).
Oras, a imobilidade de Rubens Bueno diante dos apelos de Osmar é até fácil de entender, afinal, o PPS está no governo Beto Richa, um dos pré-candidatos dos tucanos. O que fica difícil entender é como Lupion e Barros não se manifestam. Ambos tem intenção de concorrer ao Senado e caso o pedetista não viabilize sua candidatura ao governo, será um nome a mais na disputa.