Por Elizabete Castro, em O Estado do Paraná:
O senador Osmar Dias (PDT) participa na próxima segunda-feira, 18, em Brasília, da reunião do Conselho de Administração do Banco do Brasil que vai analisar sua indicação para a vice-presidência de Agronegócio da instituição.
O Conselho deve apenas formalizar a escolha do ex-senador paranaense para o cargo, anunciada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ex-candidato ao governo do Paraná em 2010 numa aliança com os partidos da base aliada ao governo federal, o pedetista vai assumir um dos cargos mais importantes da estrutura da União para o setor agrícola. Osmar esteve, esta semana, em Brasília, conhecendo o funcionamento da vice-presidência e já foi apresentado à diretoria do banco.
A vice-presidência que o paranaense vai comandar responde por 45% de todo o crédito do banco. No ano passado, o total de recursos movimentado foi de R$ 100 bilhões.
Além do setor de agronegócios, a vice-presidência destinada a Osmar foi ampliada e cuidará também da área de micro e pequenas empresas. O governo estuda criar o ministério das micro e pequenas empresas e caberá ao vice-presidente do Banco do Brasil para a área fazer a interlocução com a futura pasta.
Conhecimento de causa
O paranaense será o único dos vice-presidentes do banco que não é funcionário de carreira. Ele vai substituir Luis Carlos Guedes Pinto, ex-ministro da Agricultura que assumiu após a saída de Roberto Rodrigues no governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Guedes está no cargo desde 2007. Guedes foi convidado para assumir a direção de uma subsidiária do BB na área de seguros.
Apesar de a indicação ser política, Osmar disse que somente aceitou o convite porque não teve o caráter de retribuição à sua participação na eleição presidencial do ano passado. “É uma área onde eu posso contribuir com a minha experiência, com o trabalho que tenho acumulado. Não iria para o governo apenas como retribuição”, disse.
Osmar deve tomar posse já na segunda-feira, após a reunião do Conselho, formado por sete integrantes. Um dos primeiros compromissos do novo presidente será a participação em uma reunião da Comissão de Agricultura do Senado para ser questionado sobre o endividamento agrícola.
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