Afastados politicamente desde 2003, embora nunca tenham sido adversários diretos, os irmãos Alvaro e Osmar Dias podem, enfim, voltar a subir no mesmo palanque. Ambos integram a coligação do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), que é candidato à reeleição, ao lado ainda de PTB, PRB e PPS. Além disso, o senador, que recentemente trocou o PSDB pelo PV, se prepara para concorrer à Presidência da República daqui a dois anos. “Estamos discutindo ainda 2016. Não vamos discutir 2018, até porque não dá para chegar em 2018 sem um bom desempenho político nas eleições municipais”, desconversou Osmar, durante convenção do PDT, na noite de quinta-feira. As informações são Mariana Franco Ramos na Folha de Londrina.
Por enquanto, mesmo com a aliança definida, Alvaro se mantém “neutro” na disputa municipal, mas a tendência é de que a situação mude no decorrer da campanha, mais precisamente em um eventual segundo turno. “Se o Álvaro for candidato em 2018, estará na mesma chapa. Esperamos que o Alvaro esteja junto com a gente”, prosseguiu o pedetista. Após deixar a vice-presidência de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, ele passou a ser apontado como provável sucessor do governador Beto Richa (PSDB) no Paraná.
O rompimento da gestão Fruet com o PT, que lançará candidato próprio, o deputado estadual Tadeu Veneri, ao Palácio 29 de Março, também colabora para estreitar os laços. Isso porque, no Congresso Nacional, Alvaro tem sido uma das vozes mais contundentes a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT). “Quero registrar que em todos os partidos existem pessoas que têm seu valor, que são de respeito, que você pode sentar do lado sem se envergonhar. E há pessoas em todos os partidos que a gente não pode sentar do lado. Então, não se pode generalizar. Estamos nos focando agora na agenda local”, completou.