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Osmar deu o troco em Gleisi

osmar gleisi

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, o ex-senador Osmar Dias (PDT), distribuiu nota dizendo que não será candidato a vice na chapa considerada ideal com a petista Gleisi Hoffmann. Osmar também disse que não poderá concorrer contra o irmão Alvaro Dias (PSDB), na única vaga disponível ao Senado. Deputado federal não era bem o plano dele.

Bom, esta é a leitura oficial dos recentes acontecimentos da política nativa. Nos bastidores, o que se comenta é que, ao dizer que não vai para a eleição, principalmente como vice, Osmar estaria dando o troco em Gleisi, que em 2010 deu de ombros no desejo do pedetista, que queria tê-la como vice naquilo que era a chapa ideal para impedir a vitória do atual governador Beto Richa (PSDB).

A ilustração acima, é dos bastidores da pré-campanha de quatro anos atrás, e mostra bem como Osmar se sentia, ao ser preterido por Gleisi, que disputou e garantiu uma vaga no Senado. A seguir a íntegra da nota do pedetista e seus motivos para não entrar na disputa deste ano:

“Exerci várias funções públicas. Fui Professor e Diretor da Faculdade em que me formei. Depois Presidente da Companhia de Fomento e Secretário de Agricultura em dois Governos. Senador por dezesseis anos e candidato a Governador duas vezes.

Em todos esses momentos dediquei a população do Estado muito respeito. Dela recebi a retribuição sempre. Até mesmo nos insucessos eleitorais, que muito me ensinaram, sempre fui respeitado.

E por cultivar um profundo sentimento de gratidão ao Paraná e sua gente, pretendo continuar merecendo ser digno desse respeito.

Hoje, exercendo a função de Vice-Presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, sinto-me honrado em poder continuar contribuindo modestamente, mas com extrema dedicação e absoluta seriedade, para o desenvolvimento de setores importantes de nossa economia e da nossa gente.

Por ser um ano eleitoral e ter colocado meu nome à disposição dos eleitores do Paraná duas vezes para o Senado Federal e duas vezes para o Governo Estadual, creio ser adequado responder aos questionamentos que tenho recebido quanto à minha participação como candidato nessa eleição de 2014.

Sempre deixei claro o projeto de meu Partido e das pessoas que sempre me apoiaram. Uma candidatura ao Senado para voltar a defender o nosso Estado como fiz nos dois mandatos que exerci.

No entanto, tenho que voltar a falar em dignidade, caráter e respeito. Enfrentar um irmão de sangue, numa disputa eleitoral não seria um desrespeito somente a minha família, mas uma agressão à população que sempre me respeitou. Seria uma negação dos valores morais que herdei dos meus pais. Abdico do direito de disputar o Senado em nome desses valores.

Assim, embora honrado com os convites que recebi para disputar outros cargos, agradeço o reconhecimento daqueles que entendem ser importante participar do processo eleitoral em busca de um mandato.

O fato de não disputar a próxima eleição, não significa que me afastarei de minhas responsabilidades de homem público.

Creio que posso dar minha contribuição de outra forma, e é o que farei.”