Nossos heróis não morreram de overdose, muito menos nossos inimigos deixaram o poder. Os heróis da televisão em Foz do Iguaçu falam, com sangue nos olhos, de mortes e violência. Eles gritam, esperneiam, alardeiam, conjugam de forma errada os verbos e adoram as gírias.
Usam e abusam do poder da mídia eletrônica e televisiva com influência direta e certeira nos lares da cidade e da região. Manipulam o pensamento coletivo, tocam terror e pavor em meio à sociedade, com o claro objetivo de manter inertes as reações, popularizando o drama geral e atraindo a atenção de todos, a fim de preservar a inabalável audiência.
Outro dia, em um evento relacionado à literatura, o apresentador de um programa policialesco da cidade brilhou em meio às crianças presentes no local. Na ocasião, pequenos infantes se apressavam a pedir autógrafos, prestar homenagens e destinar calorosos abraços ao “comunicador” de catástrofes. Vejamos o nível em que chegamos.
Trecho de artigo do jornalista Pedro Lichtnow para o Megafone, que pode ser lido na íntegra clicando AQUI
Depois dessa bordoada o “Lulu quarta série” vai ficar sem dormir por várias noites. Valeu!