Rogério Galindo, Caixa Zero
A Assembleia Legislativa tem 54 deputados. Todos têm o mesmo mandato. Mas nem todos têm a mesma influência. Assim como no Congresso Nacional, existe o baixo clero, que apita pouco e obedece muito. E tem o alto clero, que são os deputados que realmente decidem os rumos da Casa.
Nas últimas legislaturas, a lista do alto clero já inclui nomes como os de Nelson Justus, Hermas Brandão e Valdir Rossoni. Mas hoje, por um ou outro motivo, os três ex-presidentes não estão mais entre os mais influentes. A lista mais provável hoje, segundo quem entende do assunto, é essa que segue:
1- Ademar Traiano
Nome mais óbvio, até por estar prestes a ser eleito presidente da Assembleia. Além de ter a caneta na mão para contratar e demitir, estabelece o que será votado. Como se isso não bastasse, é homem de confiança do governador Beto Richa.
2- Ratinho Jr.
Apesar de nem estar no dia a dia da Assembleia, já que preferiu assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Ratinho tem o cacife de ser o deputado estadual mais votado e comanda a maior bancada do Legislativo, com 12 nomes. Para a bancada do PSC, o que ele disser é quase lei. E isso significa mais de 20% dos votos da Casa.
3- Plauto Miró
Tem o poder da primeira secretaria, que é onde fica a gestão do dinheiro e do patrimônio da Assembleia. Pode dar ou tirar benefícios com bastante liberdade.
4- Romanelli
Deve ser o novo líder do governo Richa na Assembleia e, com isso, representará uma imensa maioria – na verdade, quase a a totalidade do plenário.
5- Alexandre Curi
Espécie de eminência parda da Assembleia. Sem ter qualquer cargo que lhe dê superioridade, tem influência com os outros deputados. Ao contrário de Nelson Justus, também implicado nas denúncias dos Diários Secretos, conseguiu manter o mesmo patamar de influência depois do caso.
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