Assim como Marcos Valério, principal operador de dinheiro do mensalão, o doleiro Alberto Yousseff sempre é lembrado como operador de esquemas da baixa política, já serviu a vários políticos e hoje a Polícia Federal investiga suas ligações com o PT do Paraná. Assusta ao PT a repercussão da estreita relação de Yousseff com o deputado André Vargas e sua movimentação entre petistas nativos. O impacto das revelações provoca mais um rasgo na candidatura da petista Gleisi Hoffmann ao Governo do Paraná. Gleisi já ficara abalada com o ex-assessor Eduardo Gaievski, preso por pedofilia.
Com Yousseff na vitrine, a oposição levanta ainda mais suspeitas sobre os pagamentos de todos os deslocamentos aéreos de Gleisi e outras lideranças do petismo local no Paraná. Na defensiva, diz um tucano, o PT não vai conseguir sustentar provas dos pagamentos com notas fiscais, relação de passageiros, percussos, entre outros registros. “O uso de jatinhos se tornou um trauma, agora aberto, para os petistas”, adianta o tucano.
Ele lembra que em 2006, Paulo Bernardo (na época no Planejamento) foi flagrado em voo do jatinho da empreiteira Sanches Tripoloni e até hoje o ministro não lembra da carona. O mesmo aconteceu com Gleisi, mulher de Bernardo, também acusada de usar o avião da empreiteira durante sua campanha ao Senado. Gleisi negou o uso.
Mas a ex-ministra da Casa Civil também é relacionada entre as autoridades que mais viajava nos jatinhos da FAB para assuntos políticos-partidários. Gleisi usou seis vezes os aviões da FAB e também usou jatos particulares nos voos pelo Paraná. Para imprensa, Gleisi disse que as aeronaves foram alugadas pelo PT, mas até hoje não apresentou as notas pelo pagamento dos serviços aéreos.
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