Oposição fecha cerco para calar Requião
A oposição não dá trégua no cerco montado contra o governador do Paraná, Roberto Requião. Depois de ser censurado, multado, proibido de criticar adversários em um programa do qual participava na TV Educativa e de retransmití-lo por outras emissoras – decisões impostas pela Justiça Federal – Requião, agora, se vê às voltas com uma Comissão da Assembléia Legislativa que também quer obrigá-lo a calar.
A Comissão ingressou com processo no Judiciário requerendo a busca e apreensão dos 600 mil exemplares do "Notícias do Paraná", jornal que registra realizações do governo. Pede, também, que seja apurado se o conteúdo do noticiário é controlado pela Secretaria de Comunicação estadual. O governador se defende com o argumento de que tem o direito, o dever e a obrigação de informar a população do Estado sobre suas realizações.
Analistas mais isentos e longe das paixões políticas paranaenses, vêem como pano de fundo nesta briga um caso típico dos efeitos nocivos do monopólio que a grande imprensa detém e não quer perder. Quer manter o poder de só ela informar o que quer, como quer, sem isenção, nem imparcialidade, contra ou a favor, de acordo com critérios que só ela estabelece e não admite contestações.
É a gana da grande mídia para manter reserva de mercado e o medo de um concorrente que "não reze" pela cartilha dela, principalmente se for público, independente e veicular noticiário sobre o governo de forma diferente da que ela, ditatorialmente, tenta impor.
No caso do Paraná o medo é maior porque os 600 mil exemplares desse "Notícias do Paraná", seguramente constituem, somados, uma tiragem maior do que a dos jornais do Estado e os que chegam de fora. Não será fácil esta luta do governador Requião.
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