Operação do Ministério Público leva dez à prisão
Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos pelo GAECO desde a madrugada. Entre os presos estão três ex-diretores
O Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), força-tarefa que envolve também as Polícias Civil e Militar, deflagrou neste sábado (24) operação que resultou na prisão temporária de dez pessoas relacionadas a desvios de dinheiro da Assembleia Legislativa do Paraná. Entre elas estão os ex-diretores Abib Miguel (Diretoria Geral), José Ary Nassiff (Diretoria Financeira), Cláudio Marques da Silva (Diretoria de Pessoal). Também foram presos João Leal de Matos, funcionário da Assembleia lotado na Diretoria Geral, e pessoas a ele relacionadas: Iara Rosane da Silva Matos (esposa), Jermina Maria Leal da Silva (irmã), Nair Terezinha da Silva Schibicheski (cunhada), Priscila da Silva Matos (filha), Vanilda Leal (sobrinha), Maria José da Silva (sogra). O ex-diretor de Pessoal, Cláudio Marques da Silva, foi preso na temporária e ainda em flagrante, por posse de arma de fogo não registrada e posse de munição de uso restrito.
Cerca de 50 pessoas participaram da operação, denominada Ectoplasma I, entre promotores de Justiça e policiais civis e militares de todas as unidades do Gaeco no Paraná. A operação teve início às 4 horas da manhã. Foram cumpridos os dez mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão, em Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. No total foram apreendidos cerca de R$ 250 mil em dinheiro, seis armas de fogo e 73 veículos.
De acordo com o procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador estadual dos Gaecos, as prisões foram pedidas pelo Ministério Público para facilitar as investigações. Os mandados foram expedidos pelo juiz designado Aldemar Sternedt, da Vara de Inquéritos Policiais.
Pela lei, a prisão temporária tem cinco dias de duração, prorrogáveis por mais cinco. Contra os presos pesam indícios de crimes como desvio de dinheiro público (peculato), formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
“Esperamos que outras pessoas que de alguma forma tenham sido envolvidas nos fatos, inclusive como laranjas, venham espontaneamente ao Gaeco para que possamos buscar a punição dos verdadeiros responsáveis”, afirma Leonir Batisti.
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