Esta sexta-feira é um dia importante para as investigações acerca da Operação Condor, o aparato repressivo que uniu países sul-americanos em uma espécie de Mercosul do mal nos anos 1970 e 1980.
A Itália começará a julgar, em Roma, 35 ex-militares e civis de Bolívia, Chile, Peru e Uruguai por envolvimento na morte de 23 cidadãos de nacionalidade italiana.
Será o primeiro julgamento sobre a Operação Condor fora da América do Sul, informa Léo Gerchmann, em seu blog no Zero Hora.
Os implicados são dois bolivianos, 12 chilenos, quatro peruanos e 17 paraguaios, cujas idades variam entre 64 e 92 anos. Eles são acusados de sequestros e homicídios múltiplos agravados.
O Brasil se notabiliza pela ausências de repressores no banco dos réus. Houve, sim, o desaparecimento de dois ítalo-argentinos, Lorenzo Viñas e Horacio Campiglia, em solo brasileiro. Os supostos responsáveis, porém, não foram indicados pelo governo brasileiro.
O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), Jair Krischke, que é testemunha no processo, lamenta a ausência e diz que mencionou, em juízo, 13 repressores brasileiros.
– Veio a notificação, e o governo brasileiro não deu a mínima – queixou-se, em entrevista para este blog.
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