O professor Maurício Requião assumiu na tarde desta quinta-feira (17) como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado com um duro ataque ao que chamou de mídia oligopolizada que se constitui, segundo ele, “um verdadeiro obstáculo ao desenvolvimento da democracia”.
“A defesa da liberdade de expressão, expressão maior da liberdade no Estado Democrático, como assinalou o Ministro Ayres Brito, não se confunde nem pode ser confundida com a defesa das bancas de negócio em que se constituem muitas das empresas de comunicação. Negócios que se realizam por cima e por baixo dos balcões. Mesmo sendo casas de comércio, devem cumprir suas responsabilidades e obrigações, devem colocar-se à altura das exigências éticas de seus profissionais”, disse Maurício Requião.
Para ele, aviltam o jornalismo e a reportagem – definidos no seu discurso por Gabriel García Márquez – “aqueles que fazem das empresas da comunicação porta-vozes de seus patrocinadores”.
“O que pensar de uma sociedade que distribui de forma tão desigual o direito à informação? O que dizer de uma sociedade em que a circulação da informação se conforma a cercas e porteiras? Em que o fluxo da notícia se dosa em torneiras e tramelas? Em que o dever de informar se subordina à vontade mesquinha do anunciante? Em que o direito de conhecer é regulado pela ação de um capataz? Em que até mesmo a palavra do Governador do Estado é censurada?”, questionou Maurício.
Leia a íntegra do seu pronunciamento em Reportagens.
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