Zeca Dirceu
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar em breve um novo programa amplo de investimentos – na linha do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) –, como parte da estratégia que inclui a retomada de cerca de 14 mil obras paralisadas ou em ritmo lento em todo o País.
Trata-se de uma ação de peso, voltada a projetos de logística, de geração de energia e de melhorias urbanas, por meio de recursos orçamentários e de financiamentos, em especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o – BNDES, e privados.
O programa impactará positivamente a geração de empregos e de renda e a melhoria da qualidade de vida da população, deixando nítido que o governo Lula rompeu a inércia do governo passado e colocou o Brasil no rumo certo.
Os números ainda estão sendo fechados, mas desde já uma certeza: o Brasil recupera a capacidade de investimentos e terá na infraestrutura recursos superiores ao total investido em todos os quatro anos do governo militarista anterior, que agia apenas para atender aos interesses dos especuladores do mercado financeiro.
A retomada das obras é um dos compromissos assumidos por Lula durante a campanha eleitoral. As obras prioritárias têm sido elencadas por governadores e prefeitos, com o diálogo republicano estabelecido por Lula, que não distingue quem é de oposição ou situação e considera primordialmente os interesses nacionais.
Há expectativas alentadas sobre o impacto dos investimentos em rodovias, portos e aeroportos, no desenvolvimento econômico e social e na produção e escoamento de produtos agropecuários, minerais e industriais. Também se investirá nas áreas de saúde, educação, infraestrutura urbana e moradia. No caso do programa de construção de cisternas, deverão ser destinados cerca de R$ 500 milhões para 2023, aumento de aproximadamente 22 vezes em relação ao ano passado.
Todas essas obras impulsionam o crescimento do país e ajudam no combate à pobreza.
Lula já relançou o programa Minha Casa, Minha Vida, tendo como foco a faixa que inclui os brasileiros mais pobres. Anunciou que vai formular também um programa habitacional pra contemplar a classe média, que, como a classe trabalhadora, também foi vilipendiada desde o golpe de 2016, num processo aprofundado por Bolsonaro, com sua política elitista que gerou mais bilionários e criou miséria no País.
Antes mesmo do anúncio oficial do novo programa de investimentos, o povo brasileiro já pode presenciar a movimentação da máquina governamental para tirar o País do entorpecimento provocado pelo governo passado, que trouxe fome, desemprego e desesperança.
O contraste é marcante. Se no governo anterior a marca eram as fake news, negacionismo, estímulo à violência e insensibilidade à dramática situação de milhões de brasileiros com fome e desempregados, com Lula as boas notícias voltaram.
Destaquem-se, por exemplo, a verba liberada de R$ 600 milhões para reduzir a fila de cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS); a retomada do Bolsa-Família, com exigência de vacinação das crianças; o reajuste dos valores da merenda escolar; e a recriação do programa Pró-Catador, extinto pelo governo passado.
Em 2007, no primeiro mandato de Lula, depois de o Brasil ficar trinta anos sem planejamento estratégico em infraestrutura de grande porte, foi lançado o PAC, só interrompido com o golpe de 2016. A iniciativa de interesse nacional e estratégico retomou investimentos em setores estruturantes.
É urgente a necessidade de reconstrução do País após a desastrosa gestão do governo passado. E é isso que o atual governo faz, trazendo a esperança de dias melhores para o povo brasileiro.
Zeca Dirceu (PT-PR) é deputado federal e líder do partido na Câmara dos Deputados
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