O custo de apenas parte dessas benesses é de R$ 40 milhões. Presidente da OAB Paraná questiona falta de transparência no TJ
O Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Miguel Kfouri Neto, parece não ter limites para torrar dinheiro público. A lista de benesses aprovadas para os desembargadores nos últimos meses é gigante e a conta maior ainda.
E que fique claro, que não se trata aqui de merecimento ou não, mas de bom senso, afinal falamos de um país chamado Brasil onde falta dinheiro para o básico, até porque boa parte dos poderosos enfiados nos poderes querem mesmo uma teta cheia de dinheiro público, tomado compulsoriamente do nosso bolso. Mas vamos aos fatos.
Aqui no Paraná esses homens da lei têm muitas benesses. Os desembargados, em especial o presidente do órgão, estão acima de tudo e de todos. A licitação para locar horas de voo de um jatinho está prontinha e já deu o que falar.
O custo dessa brincadeira é de 600 mil reais por ano. E vale lembrar que o TJ recebeu do conselho nacional de justiça um avião. Mas um só parece pouco para esses homens poderosos. Você aí está achando muito dinheiro? Então vamos relembrar as últimas despesas extras criadas por Kfouri que sempre dá uma mãozinha aos colegas.
Há poucos meses a compra de 120 carros de luxo ao custo de quase R$ 5 milhões. Motoristas para todos e lá se vão mais R$ 2 milhões. Tem ainda o vale alimentação retroativo, mais R$ 32 milhões e agora o jatinho. A soma dessa brincadeira: cerca de 40 milhões de reais.
Do outro lado dessa moeda faltam juízes para atender o cidadão que amarga anos para ter a resolução de alguns processos. Você já imaginou quantos juízes poderiam ser contratados com esses 40 milhões de reais? E olha que eu estou somando apenas algumas mordomias. Há outras que podem fazer essa conta triplicar.
Claro que esse abuso do dinheiro público não vai ficar assim. O CNJ avisou que vai investigar o caso e tem que investigar mesmo. O presidente da OAB no Paraná, Lúcio Glomb, assim como qualquer cidadão está de queixo caído com o excesso de mordomias. Hoje ele me disse algo que me chamou muita atenção.
“O tribunal de justiça do Paraná precisa ser mais transparente para que possamos entender o porquê de todos esses gastos”. Puxa vida, Glomb tem razão, mas é uma pancada ter que exigir transparência de um órgão que deveria ter essa palavra como a base de suas ações. Deveria…mas está longe de ser assim.