Leia o comentário de Roseli Abrão no www.horahnews.com.br: As pesquisas de opinião pública estão confirmando a voz comum. Ou seja, que Lula e Requião devem ser reeleitos e até por isso a população paranaense não está prestando muita atenção aos programas eleitorais, no ar desde o dia 15 de agosto. A avaliação é do cientista político Rogério Bonilha, que diz que os principais adversários do presidente e do governador – Geraldo Alckmin e Osmar Dias – não estão conseguindo avançar até porque suas propostas “caem na mesmice”, não têm impacto.
Depois da ditadura militar – historia Bonilha – o povo passou a interpretar as propostas dos candidatos e hoje tem certa “vacina” contra o marketing político, “que também não criou novas fórmulas e está se repetindo”. Assim, sem muita ousadia, a saída é partir para o ataque. Quem acompanha atentamente os programas eleitorais viu primeiro o candidato do PPS, Rubens Bueno, atacar o governador Roberto Requião. Depois o candidato do PDT, Osmar Dias. Agora até mesmo o candidato do PT, Flávio Arns, passou para o ataque.
Mas o tiro pode sair pela culatra, alerta o cientista político, que do alto de sua experiência de muitas campanhas eleitorais atesta que está mais do que comprovado que o eleitor paranaense não gosta de ataques.
Não cola – Na avaliação de Bonilha, os adversários do governador Roberto Requião correm “riscos” ao tentar atacá-lo. “Requião não é uma pessoa que tenha sido alvo permanente de denúncia e um empurrãozinho não vai derrubá-lo”.
As denúncias contra ele têm que ser “muito verdadeiras, traumatizantes”, diz Bonilha. “Não podem acusá-lo de eventualmente não ter cumprido uma promessa porque isso não é um comportamento ilícito e imoral. Não é questionável do ponto de vista moral. O povo não aceita uma acusação de primeira sem raciocinar. Está imune a isso, vacinado”, afirma.
Por que agora? – Ao contrário do que seus adversários possam pensar, o eleitor não se deixa abalar pelas denúncias. Percebe o jogo eleitoral e questiona por que não foi denunciado antes? “O eleitor capta isso de imediato, não se deixa abalar porque sabe que são coisas de campanha, afirma”.
Pés pelas mãos – O cientista político Rogério Bonilha se soma àqueles que acreditam que o senador Osmar Dias se precipitou ao denunciar o que diz ser uma “armação” contra a sua campanha – na última sexta-feira, em entrevista à imprensa o candidato do PDT denunciou que a revista IstoÉ estaria editando uma matéria sobre sua fazenda no Tocantins e que isso seria obra de seus adversários. “Não foi uma atitude prudente. Ele deveria esperar acontecer, medir o impacto. Houve uma precipitação”, avaliou Bonilha, que acredita que Osmar “foi mal orientado”.
Deixe um comentário