Por Lauro Jardim, na Veja.com:
José Serra, enfim, tem um vice — não o dos sonhos, mas o possível. Na semana que começa, porém, ele vai encarar um bicho que pode ser muito mais feio: o lançamento de candidatos a governador que o apóiam mas que podem ser retirados de campo pelo TSE. Todas as atenções de Serra estarão voltadas para as convenções partidárias que homologarão os candidatos aos governos. Há entre esses nomes abacaxis e pepinos de bom tamanho. Todos eles relacionados com a Lei da Ficha Limpa.
Nestes palanques há uma fila de políticos-encrenca, daqueles que podem ser ungidos pelos partidos, mas barrados pelo TSE nas próximas semanas. É uma turma que começa em Joaquim Roriz, líder em rolos e nas pesquisas para o governo do Distrito Federal; passa pelo ex-senador Expedito Junior, candidato ao governo de Rondônia e cassado pelo TSE em 2009 por abuso de poder econômico; e deságua em Jackson Lago, apeado do governo do Maranhão pelo mesmo motivo.
Já a crise (de nervos) que explodiu no DEM e aparentemente na campanha tucana quando o PSDB anunciou Álvaro Dias como o vice de José Serra, é fogo de palha. O.k., nos próximos dias, ainda se lerão declarações virulentas de Democratas contra a escolha. É necessário marcar posição. Mas é um script conhecido: quem não faz barulho midiático em política, nunca será ouvido. (Leia mais)
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