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O preço do pedágio no Paraná é indefensável, diz Caíto Quintana

“O que deveríamos discutir aqui hoje, deputado (Cezar Silvestri Filho), não é se o pedágio é bom ou é ruim. Acho que o pedágio, lamentavelmente, foi uma solução para as estradas do Paraná. Agora, o que é indefensável é o preço do pedágio. Este é indefensável”.

A declaração é do líder do PMDB na Assembleia, deputado Caíto Quintana, ao questionar nesta terça-feira (24) na Assembleia Legislativa, a possível prorrogação dos contratos com as concessionárias, conforme vem anunciando o Governo do Estado, num acordo para reduzir o preço das tarifas.

“Nós pagamos muito caro por um serviço que não corresponde sequer aquilo que arrecadamos”, disse Caíto. O deputado afirmo que não é simplesmente imaginar que o pedágio terá reduzido o valor em 20% ou 30%. “O que está em discussão é a prorrogação do contrato, porque ele está chegando no fim”, completou o parlamentar, em aparte ao deputado Cezar Silvestri Filho (PPS).

O líder do PMDB descartou qualquer possibilidade da população aceitar negociar uma prorrogação dos contratos do pedágio, “sem concorrência”, pela mesma taxa de retorno para as empreiteiras que hoje estão explorando. “Isso não significa discurso político. Isto significa olhar claramente o que devemos fazer. Mas sei que isso vai render muito”, declarou Caíto.

PSEUDO-ACORDO – Em sua intervenção, Caíto Quintana lembrou que o Governo do Estado nos últimos oito anos entrou com dezenas de ações na Justiça questionando os valores do pedágio e a não execução das obras.

Pelo acordo celebrado em 2000, na gestão do ex-governador Jaime Lerner, as concessionárias ganharam o direito de prorrogar o prazo para execução de obras como duplicação de trechos previstos para acontecer até 2008.

“Vossa Excelência (Silvestri) sabe que o Estado, por força daquela redução de 50% dada e que posteriormente o Estado perdeu na Justiça, houve um amento do pedágio e aí que criaram-se os tais degraus, que a cada aumento recuperava-se aquele tempo que ficou com o valor reduzido”, relatou.

“Portanto, este pseudo-acordo que houve no governo passado (gestão de Lerner), não houve. Pelo contrário, todas as vezes de reajuste, houve negativa do DER em conceder o aumento que as empreiteiras pedia, porém todos eles (reajustes) foram conquistados na Justiça, sem nem pestanejar”, afirmou.

Caíto propôs a mobilização da população para discutir a fundo a questão do pedágio, “incluindo reajustes, obras e outras benfeitorias”, disse.