A decisão de Pedro Parente de se demitir da Petrobras é um alerta sério para quem se preocupa com a modernização da estatal. Daí a queda, mais uma, das ações da empresa, dentro e fora do país.
Como a saída do executivo deve ter a ver com a alteração na política de preços de combustíveis, para que a companhia não mais subsidie o consumidor — parte da causa de prejuízos bilionários da empresa no governo Dilma —, é lógico imaginar que existe o risco de o novo comando voltar ao passado.
A corrente populista que dentro do governo e no Congresso defende este retrocesso comemorará. Os acionistas e o país, que necessita de uma Petrobras eficiente e capitalizada, sairão derrotados.
É argumento capenga citar a crise dos caminhoneiros em favor do subsídio. Pois é possível haver um modelo pelo qual a variação do preço de qualquer combustível se torne previsível, sem que a Petrobras pague esta conta. Por sinal, é o que ficou acertado no caso do diesel.
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