"Eu ainda estava na faculdade de Jornalismo, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde me formei, quando fiz uma matéria sobre a desigual pirâmide salarial no Brasil. Isso já faz tantos anos, quase 20, duas décadas…O tempo voa! Mas nunca esqueci que os braçais, como garis, estão no assoalho da pirâmide: por isso vivem muito mal, comem mal, vestem-se mal, são mal tratados; e os magistrados, como juízes e desembargadores, no topo: portanto vivem muito bem, comem bem, vestem-se bem e são bem tratados.
Quis refletir na matéria sobre o porquê do abismo salarial entre as duas categorias, que, para o mundo do trabalho, têm papéis tão relevantes. Tinha poucos elementos políticos à época. A matéria ficou limitada aos dados que consegui, a entrevistas, pesquisas e à voz do meu coração. Eu acreditava na imparcialidade. A escola clássica de jornalismo ensina e reforça essa idéia até hoje. Mas a imparcialidade é uma lenda. Não há imparcialidade. E não há motivos para tamanho abismo salarial, a não ser a luta de classes, claro"!
Trecho do artigo da Keka Werneck. Leia na Integra aqui
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