Por Isabel Braga, no Blog do Noblat:
A menos de dois meses do recesso de julho e do início oficial das campanhas eleitorais, deputados e senadores aceleram a aprovação de projetos que beneficiam diversas categorias de servidores em todo o país. Só este ano, até agora, viraram leis projetos que criam 35.812 cargos e funções comissionadas nos três poderes da República, com impacto estimado de R$ 1,2 bilhão ao ano.
Outros 26,6 mil cargos e funções, com impacto anual estimado em R$ 10 bilhões, aguardam aprovação. A pauta de bondades é extensa, com estimativas de custos anuais que podem passar dos R$ 50 bilhões – o equivalente a todo o orçamento do Ministério da Saúde para o ano inteiro ou mais de quatro vezes o do Bolsa Família -, se todos os projetos forem aprovados como estão.
Além da criação de cargos, há forte pressão sobre os parlamentares para que aprovem duas outras propostas de grande impacto financeiro: um projeto do Judiciário que concede reajuste médio de 56% para todos seus funcionários, que custará quase R$ 7 bilhões a mais por ano; e a polêmica PEC 300, a proposta de emenda constitucional que institui piso nacional provisório para policiais civis e militares e bombeiros. Essa é considerada o grande terror dos gestores públicos.
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