Por Maria Pohlod, no Psicologia da Alma:
Venho observando e refletindo muito sobre o tema do alcoolismo. Fico extremamente preocupada quando vejo os comerciais na TV tratando a bebida alcoólica como objeto de prazer, satisfação, bem estar e até status. Lembro que, há um tempo não muito distante, assistia aos anúncios de cigarro (hoje é inadmíssivel tal sugestão), que era tratado da mesma maneira: relacionado ao prazer, à satisfação pessoal, ao status, à liberdade, ao sucesso etc.
Parece que nós precisamos de muito tempo, regado ao tempero do sofrimento, para então tomarmos algumas atitudes no enfrentamento a situações que geram dor e violência.
Não consigo ver outra maneira que não seja a nossa clássica “EDUCAÇÃO”. Como a própria palavra expõe: “educar as nossas ações”, através da informação, da conscientização, da observação e, é claro, das atitudes. De nada adianta ficarmos sentados olhando tudo como expectadores. Após a tomada de consciência é preciso agir, cada um da sua maneira.
É importante buscar maneiras de informar o maior número possível de pessoas. Obviamente ninguém vai exterminar o hábito do consumo de bebibas alcoólicas, nenhuma atitude de radicalismo é saudável, mas acredito no poder da consciência humana. Quanto mais pessoas conscientes tivermos, certamente nosso mundo será melhor. Sei que a maior parte da população jovem, não “tá nem aí…”, até porque faz parte do amadurecimento passar por diversas situações de aprendizado, mas se o mundo adulto puder contribuir com atitudes e pensamentos melhores, eles também poderão ter mais consciência do grande risco que está implícito numa noitada regada ao “cervejão”.
Os comerciais de cerveja, que agora vem com o jargão “beba com moderação”, parecem piada. O conselho vem logo após a apresentação do novo “cervejão”, contando com a presença de vários artistas, mulheres lindas, todos jovens e bonitos e com grande poder interativo na mídia.
As indústrias de bebidas alcoólicas poderiam fazer em princípio como as de cigarro: colar nas garrafas fotos dos resultados desastrosos do uso abusivo do álcool. Ou será que ninguém sabe que o uso abusivo leva a diversas doenças?
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