A sentença da juíza da Vara Criminal de Corbélia, Thalita Regina Funghetto, condenando o ex-prefeito Eliezer Fontana (três anos e três meses de reclusão) e a ex-primeira-dama Lizmari Fontana (dois anos de prisão, convertidos em prestação de serviços comunitários), por terem financiado com recursos públicos sua ida à Europa em outubro de 2009, realça a falta de isonomia que permeia a esfera judicial, que nos últimos tempos virou palco de uma espécie de briga de gato e rato opondo Poder Judiciário e Ministério Público aos agentes políticos.
Eliezer e Lizmari, à época presidentes da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) e Acamop (Associação das Primeiras Damas do Oeste do Paraná), integraram uma comitiva do Oeste que esteve conhecendo experiências sobretudo nas áreas agropecuária e cooperativista da França e da Itália. As informações são do Alerta Paraná.
Com eles também foram à Europa e não tiveram qualquer consequência judicial os então prefeitos Júnior Weiller (Jesuítas), José Carlos Schiavinato (Toledo), Luiz Ernesto de Giacometti (Palotina), Norberto Pinz (Nova Santa Rosa), Moacir Froehlich (Marechal Cândido Rondon), Rita Schmidt (Santa Helena), Elcio Zimmermann (Entre Rios do Oeste) e Rudi Kunz (Quatro Pontes), além do então vice-governador Orlando Pessuti e do então secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier.
“Em seus interrogatórios os réus alegaram, principalmente, que a viagem internacional serviria para aquisição de conhecimento a ser posteriormente aplicado no município, o que não aconteceu de fato”, diz a sentença.
Já Eliezer considerou a condenação “incompreensível, uma vez que era uma viagem oficial com vários prefeitos”, e já prepara recurso ao TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná).
Foto: Arquivo/Google
Deixe um comentário