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Novas regras para tirar a CNH entram em vigor nesta segunda-feira (16)

As novas regras para a formação de condutores começam a valer na nesta segunda-feira, dia 16. A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) altera a obrigatoriedade do uso de simulador, reduz carga horária dos cursos práticos, aulas noturnas e habilitação para ciclomotores, podendo representar economia para quem pretende treinar numa autoescola.

Para os que querem tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B – que permite a condução de veículos de quatro rodas com lotação de oito lugares, sem contar o motorista -, a resolução do Contran prevê que o uso do simulador deixa de ser obrigatório. Se o aluno decidir não utilizar o simulador, precisará passar por 20 horas/aulas práticas. Usando o equipamento, a carga cai para 15 horas mínimas.

Para Douglas Seixas, 34 anos, instrutor de auto escola, a redução de aulas pode não ser positivo. “Tem aluno que com 20 aulas está pronto, outros que com 25 não estão. Voltando para as 20 aulas, pode atrapalhar o próprio aluno. Tiraram não só a obrigatoriedade do simulador, mas também as cinco aulas práticas, com a justificativa de economia de até 30%, mas não deve chegar a isso. É um desconto que pode não ser tão vantajoso para um aluno que não esteja pronto só com as 20 aulas”, avalia.

O auxiliar administrativo Lucas Rogério, de 20 anos, vê vantagens na redução das aulas noturnas e práticas, porque acredita que poderá concluir o curso mais rapidamente. “Eu vejo vantagem em não ter que passar por tantos procedimentos para tirar a carteira. Com menos aulas, dá até para economizar dinheiro”, afirmou.

Se a pretensão for se habilitar para pilotar ciclomotores, que são veículos de duas ou três rodas, será obrigatório cumprir somente cinco horas de aulas práticas. “Eu tenho muito medo de acidentes. O governo tem um propósito de reduzir os custos, mas quando você compromete a segurança é complicado. Com o tempo de aula reduzido, não dá para ensinar o suficiente para pilotar corretamente um veículo, e o que se pretendia economizar com as novas regras, pode acabar se gastando em hospitais, indenizações”, afirma Alberto Lopes, 42 anos, instrutor.