A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), força-tarefa coordenada pela Polícia Federal, deflagrou na manhã de hoje a operação Caixa-Forte de combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). As informações são do UOL.
É a segunda operação nesta semana contra a facção criminosa. Na terça-feira (6), 20 supostos integrantes do PCC foram presos na Operação Cravada, com o objetivo de desarticular um núcleo financeiro da organização que teria movimentado cerca de R$ 1 milhão por mês.
Cerca de 250 policiais federais, rodoviários federais e civis cumprem 52 mandados de prisão preventiva (sem prazo), 48 mandados de busca e
apreensão, 45 mandados de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias em cidades e unidades prisionais dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Seis alvos de mandados de prisão já estão detidos em presídios localizados em Uberaba (MG), Campo Grande (MS), Londrina, Matinhos e Piraquara (PR).
Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira teria ultrapassado R$ 7 milhões no período das investigações, de novembro do ano passado até agora.
Os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte e são cumpridos em:
Minas Gerais: Uberaba e Conceição das Alagoas,
Mato Grosso do Sul: Campo Grande e Corumbá;
São Paulo: São Paulo, Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba e Embu das Artes;
Paraná: Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos,
Paranaguá, Pinhais e Piraquara.
O esquema
Segundo a PF, as investigações da operação de hoje identificaram a existência de uma seção dentro da facção, chamada “Geral do Progresso”, que gerenciava o tráfico de drogas e orquestrava a lavagem do dinheiro angariado com os crimes praticados.
Contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao grupo criminoso eram usadas para ocultar o crime.
Ainda segundo a polícia, a facção usava o método de “depósitos fracionados” para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em uma série de contas, de forma a impedir a identificação do autor do depósito e passar despercebido ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Depois, o dinheiro era transferido a outras contas ou sacado em terminais eletrônicos.
Os alvos da operação são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 33 anos de prisão.
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