No último ano do governo Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), o número de homicídios em Foz do Iguaçu aumentou 22% – de 134, em 2011, para 164 em 2012. As informações são da Gazeta do Povo, com base em levantamento divulgado na última semana pelos órgãos de segurança.
Segundo o responsável pela Delegacia de Homicídios da cidade, delegado Marcos Araguari, o aumento se deve a uma maior incidência de casos em dois períodos distintos do ano. Em dezembro, houve 11 registros em apenas uma semana. E, entre fevereiro e março, foram contabilizados 44 assassinatos, grande parte na região das favelas da Guarda Mirim e da Mosca, no centro da cidade.
“Não há ligação entre esses dois períodos críticos”, comentou Araguari. Sobre os dois meses mais violentos, ele destaca que a maioria dos casos foi solucionada. “Constatamos que um mesmo grupo, provavelmente em razão da troca de liderança, cometeu vários crimes, entre eles alguns assassinatos. Ao longo do ano, quatro pessoas ligadas a esta onda de violência foram presas, o que garantiu certa tranquilidade.”
Entre as vítimas, estão jovens com idade que varia de 18 a 30 anos, quase todos envolvidos com o contrabando de mercadorias trazidas do Paraguai e com o tráfico de drogas e de armas e munições. “Em uma região de fronteira como esta, é comum que pessoas no auge da fase economicamente ativa acabem se envolvendo com o ilícito. É o período da vida em que mais trabalham, seja para o bem ou para o mal”, observou.
Ainda de acordo com o levantamento, 2006 foi o ano mais violento na fronteira, com 303 casos, deixando a cidade no topo do ranking nacional de cidades mais violentas por três anos. Em 2007, houve a primeira redução, com 294 registros, seguida da de 2008, com 205 assassinatos. Em 2009 e 2010 os dados se repetiram, com 172 homicídios em cada ano. A estimativa para 2013 é que o número de vítimas volte a cair e chegue a 150.
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